Novas Aquisições, artistas consagrados (2023)

Num arco temporal balizado entre 1983 e os nossos dias, as Histórias da Coleção refletem, de forma resumida, os períodos-chave da constituição da Coleção da Caixa Geral de Depósitos (CGD). Em momentos distintos, e através da apresentação das aquisições das obras mais relevantes dos artistas, será possível espelhar as vontades e gostos, bem como as políticas e circunstâncias de cada momento específico em que os seus responsáveis operaram, a saber: O acervo (1983-89); A coleção (1990-97); A diversificação (2000-04); As fotografias (1991 e 2005); A precisão (2004-08 e 2014); As gravuras (2007); As dações e as doações (1967-2021); A retoma (2020-21); Novas Aquisições: artistas consagrados (2022 e 2023); Novas Aquisições: artistas média carreira (2022 e 2023); O Concurso Caixa para Jovens Artistas (2022 e 2023).

As aquisições realizadas em 2023 continuaram a fortalecer os núcleos autorais de artistas já consagrados que estão representados na Coleção da CGD. Deste modo, foi possível aprofundar os conhecimentos sobre o trabalho que os artistas têm vindo a desenvolver ao longo da sua carreira, nomeadamente: Ana Jotta (Lisboa, Portugal, 1946), Fernando Calhau (Lisboa, Portugal, 1948 – 2002), Joana Vasconcelos (Paris, França, 1971) e João Penalva (Lisboa, Portugal, 1949). 

Especialmente concebida para o quarto da esposa do rei Louis XVI, Marie Antoinette, aquando da exposição individual da artista Joana Vasconcelos no Palácio de Versalhes, em 2012, a obra Perruque cita ainda as invulgares perucas e penteados, pelos quais a Rainha-Consorte também se tornaria conhecida. A escultura foi produzida em colaboração com a Fundação Ricardo Espírito Santo (FRESS), envolvendo o Gabinete de Desenho, Serração, Marcenaria, Talha, Fundição, Serralharia, Cinzelagem, Embutidos e Polimento. 

A aquisição de uma obra do artista José Conduto (Beja, Portugal, 1951 – Lisboa, Portugal, 1980), revelou-se uma oportunidade imperdível de incluir na Coleção da CGD um artista de vanguarda dos anos 70, que por ter morrido demasiado cedo, com apenas 29 anos, não teve a visibilidade merecida que se antevia nas poucas exposições em que participou.