O final da década de 20 assiste à estreia de Cândido Portinari no panorama das artes visuais. Bastante recolhido, o artista dedica-se à execução de estudos e provas, com o objetivo de aperfeiçoar o conhecimento e adquirir técnica segura. A viagem à Europa, em gozo de prêmio de viagem ao estrangeiro, foi para o artista um estímulo à reflexão e à acumulação de novas informações. Sua vocação para a pintura é imperiosa e representa o próprio esforço do pintor na busca da identidade de sua obra. Tela de caráter muralista, Café, premiada na Exposição de Arte Moderna do Instituto Carnegie, em Nova York (1935), significa o ponto de partida na evolução das grandes composições neste gênero.