O cravo é um instrumento de teclado que possui formato semelhante ao do piano de cauda antigo, porém pode ser composto por um ou dois teclados. O som do cravo é produzido através de martinetes (ou saltadores) que pinçam ou beliscam suas cordas. A referência mais antiga sobre sua criação é datada do século XIV, na Itália, quando era chamado de clavicembalum. É considerado o mais importante e versátil instrumento de teclado desde finais do século XVI até o início do século XIX, depois do órgão. O Cravo já estava presente no meio musical carioca desde pelo menos o ano de 1721, data do mais antigo registro de importação deste instrumento na cidade. Até 1830 o Jornal do Commercio ainda anunciava a venda de cravos por moradores do Rio de Janeiro. O cravo caiu em desuso nas primeiras décadas do século XIX e ressurgiu por volta de 1882. O único instrumento histórico sobrevivente no Rio de Janeiro é um exemplar português de Jozé Cambiazo, datado de 1769, de propriedade privada. O instrumento foi transformado em piano e provavelmente pertencia ao português Paulo Perestrelo da Câmara que saiu de Lisboa em 1841 para se estabelecer no Rio de Janeiro.
Cópias de cravos históricos passaram a ser feitas no Rio de Janeiro no século XX por Roberto de Regina a partir do final da década de 60, que além de construir os instrumentos era ainda cravista e professor.
O cravo continua presente no cenário musical contemporâneo carioca. Espetáculos teatrais, montagens de óperas e concertos de música erudita e de música brasileira são alguns exemplos da versatilidade do uso deste instrumento.
Está curioso(a) para saber como se toca o instrumento? Assista ao vídeo de Rosana Lanzellote tocando um trecho de um lundu, de Spix e Martius.
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