"[...] Seus diversos Objetos, Destroços (CR-119) [G118] e Gravura 5 (CR-129) [G131] são ainda carretéis, mas agora, por meio deles e em seu entorno, Iberê dedica-se a experiências com relevo. Com este, explora a matéria física em si, não em aspectos de sua simulação por meio de recursos gráficos. Matéria agora é o que é palpável ao toque. As gravuras fazem-se na ruptura, ao rasgar, perfurar a matriz. Algumas provas são impressas com pigmento branco acrescentado à tinta de impressão, incrementando, assim, a densidade pastosa da matéria da gravura. O caráter experimental do artista faz-se mais ousado ainda nesse período de expansão.
ZIELINSKY, Mônica. Iberê Camargo: catálogo raisonné. Cosac Naify: São Paulo, 2006. p. 96. (Observar notas na fonte).
Esta gravura foi elaborada por meio de duas matrizes. Na primeira, o artista empregou o relevo na área do carretel (com perfuração da chapa); na outra, aplicou a água-tinta. No momento da impressão, ele utilizou inicialmente a matriz trabalhada com água-tinta e, depois, imprimiu a matriz do relevo.
Gravura não editada.
São conhecidos dois estados e duas provas de cor desta gravura, uma em vermelho e preto e outra somente em preto.
Matriz pertencente ao acervo da Fundação Iberê Camargo.