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Documentos do Arquivo Pessoal de Gilberto Gil

Instituto Gilberto Gil

Instituto Gilberto Gil
Brasil

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  • Título: Documentos do Arquivo Pessoal de Gilberto Gil
  • Transcrição:
    CLIENTE: Gilberto Gil VEÍCULO: A Notícia - Joinville SEÇÃO: CLIPPING SERVICE DATA: Anexo 06/08/2008 NOVO MINISTRO DA CULTURA, JUCA FERREIRA, FALA DE GILBERTO GIL, A ESTRUTURA DO MINISTÉRIO E DE SEUS PLANOS ROBERTA PENNAFORT AGÊNCIA ESTADO ucessor de Gilberto Gil no Ministério da Cultura, Juca Ferreira está acostumado a ser chamado de ministro. Já o re- presentou muitas vezes, no Bra- sil e no exterior. Desde a posse do amigo, em 2003, Ferreira sempre foi considerado o "xerife" da pasta, na condição de seu secretárioexe- cutivo. Prestes a ser confirmado no cargo - o que deve acontecer, ele diz, quando o presidente Luiz Ind- cio Lula da Silva voltar de Pequim, para onde viajou ontem, por conta da abertura das Olimpiadas-, dis- se que Gil foi o melhor ministro da Cultura da história, e que a transi- ção já vinha sendo feita lentamen- te, de baiano para baiano" Quais serão as prioridades de sua gestão? Juca Ferreira - Primeiro, manter o movimento em direção à estruturação e à execução de políticas públicas de cultura em todas as áreas, no espectro que o ministro abriu. Segundo, a área das artes. A Funarte (Fundação Nacional de Artes) foi a que mais sofreu com a intervenção que o (ex-presidente Fernando) Collor de Mello fez na área cultural. Foi um escándalo. Demoramos mui- to a compreender a profundida- de (do problema). Outra área é a decantada reforma da Lei Rouanet. Está chegando a hora, E a modernização das leis de direitos autorais no Brasil. Na área do patrimônio, estamos às vés- peras de criar o Instituto Brasilei- ro de Museus E como está o Plano Nacio- nal de Cultura? Ferreira - Estamos discutin- do publicamente o plano, que é importantíssimo e vai dar ins- titucionalidade ao ministério. Toda política pública respeitável PÁG.: 01 De baiano para no Brasil tem um plano nacio- nal. Estamos fazendo audiên- cias públicas em todo o Brasil. Lá para meados do primeiro se- mestre (de 2009) vamos ter um plano nacional de cultura, como primeira pactuação da estratégia geral de cultura Na sua opinião, quais foram os maiores acertos e erros da gestão de Gil? Ferreira - O ministério, em todos os aspectos que você considerar, é muito melhor do que o que a gente encontrou. Em alguns aspectos a gen- te avançou mais e em outros, menos. A compreensão de que cultura é uma necessidade tão básica quanto comida, saúde e educação e, portanto, preci- sa de política pública foi uma grandeza, uma lucidez. Na área de patrimônio e memória, a gente avançou, na área de mu- seus, de cinema - conseguimos fazer em torno de 400 filmes de longametragem nesse período. Agora, erros se cometem; co- metemos alguns HERDEIRO Juca Ferreira (D) pretende continuar a estruturação e execução das políticas públicas de cultura iniciadas na gestão de Gilberto Gil (E) Que avaliação fez GG sobre a Lei Rouanet como está? Ferreira - A gente não pode ter a renún- cia fiscal como critério principal para financiar a cultura brasileira. É um mecanismo que serve para algumas ações. Tem que ter o orçamento, os meca- nismos de mercado. Queremos introduzir o vale-cultura, seme- Ihante ao vale-refeição, e reestruturar os me- canismos de uso da renúncia. O ministério está preparado para botar na rua a discussão O ministério, em todos os aspectos que você considerar, melhor do é muito que a gente encontrou, (...) Gil foi um gigante Como vê os críticos da lei? Ferreira - Não dá para de- sestruturar um mecanismo que, com todas as distorções que a gente possa considerar, dis- ponibilizou, no ano passado, R$ 1 bilhão. Eu não sou maluco. A substituição seria por mais or- çamento, então dependemos da sensibilidade do governo para mudar o modelo. As Nações Unidas reco mendam no mínimo 1% do orçamento. O que a gente precisa para aplicar o plane jamento da política cultural já estabele- cida é de R$ 3,7 bi- lhões, o que dá perto de 3%. A visibilidade que o Gil deu ao mi- nistério ajuda muito. Em todas as áreas você percebe a pre- sença do ministério de forma positiva. Você acha que o Gil foi o melhor ministro da Cultura que já existiu? Ferreira - Não só eu, mas todo mundo. O (Sérgio Paulo) Rouanet, que foi um dos minis- tros da Cultura, disse, na come- moração do aniversário do mi- nistério, que Gil tinha fundado o ministério. Ele reconhecia que tinha sido dado um salto mons- truoso nessa gestão. É inquestio- nável. Gil foi um gigante. Como analisa as críticas que o ministério e o ex-minis- tro sofreram nesses anos (diri- gismo na área cultural, viagens de Gil como artista, lentidão na liberação de pareceres para obtenção de patrocínios)? Ferreira - A questão do dirigismo foi uma bobagem. Acho que a gente deve usar as palavras com precisão. O que nós queríamos era regular a economia da cultura, e não as opiniões. A questão das via- gens de Gilberto Gil... O minis- tério é ultrabem-sucedido. Ele montou um sistema de gestão moderno, um colegiado de di- rigentes. Eu fui designado para representá-lo em sua ausência. Os celulares existem para isso. Funcionamos muito bem, me- lhor do que os que ficaram o tempo inteiro sentados na ca- deira. Quanto aos pareceres, o ministério cresceu muito, e o número de pareceres passou de 3 mil para quase 30 mil. É difícil manter a eficiên- cia com a mesma estrutura que existia antes.
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