Carregando

Documentos do Arquivo Pessoal de Gilberto Gil

Instituto Gilberto Gil

Instituto Gilberto Gil
Brasil

Detalhes

  • Título: Documentos do Arquivo Pessoal de Gilberto Gil
  • Transcrição:
    CLIPPING SERVICE CLIENTE: Gilberto Gil VEÍCULO Rafael Cariello FOLHAPRESS SEÇÃO: Alternativo DATA: 25/07/2007 : Meio Norte - Teresina ATITUDE Gil cede música para comercial de banco e dá margem a críticas ecnicamente, o minis- tro Gilberto Gil (Cul- tura) não infringiu o Código de Conduta da Alta Administração Federal. T Num comercial do Itaú Bankline, feito pela agência de publicidade África e que vem sendo veiculado na TV, outro cantor interpreta uma versão modificada de "Pela Internet", canção de Gil que já havia sido tema de propa- ganda do banco antes que o compositor integrasse o go- verno de Luiz Inácio Lula da Silva O uso da música de Gil e a semelhança entre a voz que interpreta a canção e a sua, no entanto, dão margem a ques- tionamentos éticos, dizem especialistas ouvidos. A socióloga Maria Victoria Benevides, integrante da Co- missão de Ética Pública do governo federal entre 2003 e 2006, afirma que, se fosse Gil a cantar a música, haveria "um problema ético eviden- te" no fato de um ministro de Estado fazer uma propaganda para um banco, "ainda que fosse de graça" - já que pode- ria haver conflito de interes- ses entre esse trabalho e a- ções do ministério que dis- sessem respeito ao Itaú Cul- tural, por exemplo. Estaria configurada "uma Especialistas dizem que o uso da música de Gil e a semelhança entre a voz que interpreta a canção e a sua dão margem a questionamentos éticos GIL Canção já havia sido tema de propaganda antes de entrar para o governo incompatibilidade flagrante", afirma a socióloga. A coisa muda de figura com fato de a canção ser in- terpretada por outra pessoa. Entretanto, Benevides diz que a semelhança entre as vozes e a possibilidade de confusão criam uma situação "muito delicada". Questionada, a assessoria que cuida de assuntos "artis- ticos" do ministro disse que "a editora de Gil aprovou a u- tilização da obra com autori- zação do autor". Informou ainda que "a mudança na letra foi feita pela agência" e que "a versão no- va é de propriedade e uso ex- clusivo do banco Itaú por seis meses". Ao final, ressaltou: "A voz usada no comercial não é de Gil". Para Benevides, a grava- ção da propaganda "não é um problema do ponto de vista do Código de Ética, mas é um problema do ponto de vista pessoal dele". "Eu não teria OPINIÃO Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia Política na Unicamp, diz não ver gravidade maior no fato and feito", ela afirma, para não gerar confusão. "Fica uma coisa fronteiri- ça em relação a constrangi- mentos pessoais. É lógico que alguma atração em rela- ção a quem fez isso tem a ver com o fato de ele ser minis- tro", ela diz. "Pessoalmente acho que, entrou no ministério, assu- miu cargo público, não pode mais receber um tostão de lugar nenhum. As pessoas fa- zem escolhas na vida. Então agüentem enquanto estão lá [na administração federal)." Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia Política na Unicamp, diz não ver gra- vidade maior no fato, mas a- firma que a "clonagem" da voz de Gil torna "confuso o parâmetro de responsabiliza- ção". "E é preciso ter para- metros de responsabilização claros", ele diz. Apesar de a voz não ser do ministro, Romano diz que "a personalidade conhecida é e- le". "Ele não pode mais abdi- car de si mesmo; Gil tem uma figura pública construída".
    Ocultar TranscriçãoMostrar Transcrição

Download do app

Visite museus e divirta-se com os recursos Art Transfer, Pocket Galleries, Art Selfie e muito mais

Escaneie este QR code para instalar o app

Você tem interesse em Artes cênicas?

Receba atualizações com a Culture Weekly personalizada

Tudo pronto!

Sua primeira Culture Weekly vai chegar nesta semana.

Google Apps