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Documents from Gilberto Gil's Private Archive

Instituto Gilberto Gil

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Brazil

  • Title: Documents from Gilberto Gil's Private Archive
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    CLIPPING ERVICE CLIENTE: Gilberto Gil VEÍCULO: Correio Popular - Campinas SEÇÃO: Brasil DATA: PLANETA MI AMBIENTE Lula quer criar um bloco ambiental Presidente da entrevista em Londres com um recado aos países de Primeiro Mundo: ninguém vai parar de se desenvolver Marcelo Casal/Agência Brasil De Londres O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende abrir uma nova frente de disputas diplo- máticas entre países emergen- tes e desenvolvidos, agora no campo de políticas ambien- tal. Sexta-feira, em Londres - onde assistiu ao amistoso en- tre as seleções brasileira e in- glesa -, Lula defendeu a cria- ção de um novo bloco entre China, India e Brasil para de- fender os interesses de países em desenvolvimento no te- ma. A estratégia, similar à já estabelecida nas discussões da Rodada de Doha, visa a evitar que nações ricas impo- nham limites às emissões de gases a efeito de serre, como o dióxido de carbono (CO2), que prejudiquem o ritmo de crescimento dos países em desenvolvimento males que os países desenvol- vidos causaram. Nós achamos que os países em desenvolvi- mento precisam continuar crescendo, que os países po- bres precisam continuar cres- cendo", disse o presidente. "Obviamente, não podemos imaginar que países como a Índia, como a China ou como o Brasil podem parar de se de- senvolver. Na India, há 700 mi- lhões de pessoas vivendo em situação de pobreza, e o país não pode deixar de crescer", justificou. Questionado então sobre se suas posições sobre ambien- te e aquecimento global repre- sentavam um bloco com Chi- na e India na defesa dos inte- resses dos países emergentes, Lula confirmou: "Precisamos avançar pra isso. Por enquan- to, temos um bloco que parti- cipa das negociações da Orga- nização Mundial do Comércio (OMC). Mas eu penso que va- mos evoluir" A informação ganha em im- portância após a recente pro- posta norte-americana sobre A revelação foi feita em o tema, feita pelo presidente uma entrevista coletiva de 20 George W. Bush, e a realização minutos concedida nos jar- da cúpula dos sete países mais dins da residência oficial da ricos do mundo mais Rússia Embaixada do Brasil, em Lon- (G8), que ocorrerá na Alema- dres. Lula foi taxativo ao expor nha, na próxima semana. As sua rejeição às pressões que divergências entre "ricos" e nações emergentes têm recebi- "pobres" sobre a responsabili- do para que alterem suas ma- dade pelo aquecimento global trizes energéticas, determinan- já vinham se mostrando cres- tes para a produção industrial.centes desde os atritos entre "O Brasil não aceita que ten- delegações políticas no Painel tem jogar nas costas dos paí- Intergovernamental sobre Mu- ses em desenvolvimento os danças Climáticas (IPCC), rea- PÁG.: B7 Divergências entre ricos e pobres sobre ambiente vão crescer Lula em Londres: criticando propostas de Bush para o meio ambiente e se alinhando à India e à China lizados em Paris, Bruxelas e Bangcoc, em fevereiro, abril e maio deste ano. Lula fez críticas abertas a Bush. Na quinta-feira, o presi- dente norte-americano havia detalhado a proposta de redu- ção internacional das emis- sões dos gases a efeito de serre que levará ao G-8 na próxima semana. A idéia é de que cada nação crie meios próprios de alcançar metas de redução de emissões de CO2 na atmosfe- ra, definidas por novos acor- dos internacionais. O Brasil, como os demais emergentes, tem se mostrado contrário à fixação desses obje- tivos por temer que seu nível de crescimento econômico se- ja prejudicado. "Os protocolos das instituições multilaterais já dão diretrizes gerais para que os países as cumpram. Se cada nação adotar o que está previsto no Protocolo de Kyo- to, significa que cada país vai ter de assumir responsabilida- de para reduzir o desmata- mento, despoluir o planeta", argumentou. "Não existe pers- pectiva de que a proposta do presidente Bush prevaleca so- bre o Protocolo de Kyoto e ou- tras decisões multilaterais por- que sua proposta é muito vo- luntarista. Quem quer faz, quem não quer não faz. Ora, se já temos Kyoto, por que in- ventar outra proposta e não cumprir aquilo que já está de- terminado?" Etanol O presidente Lula voltou a afir- mar que os biocombustíveis são "alternativa concreta" à queima de derivados do petró- leo, que emitem mais CO2 à at- mosfera. Ele informou que propôs ao primeiro-ministro inglês Tony Blair, à chanceler alemã Angela Merkel e ao pre- sidente dos Estados Unidos parcerias para produção de etanol de cana-de-açúcar em nações pobres da África e da América Central. "Os países ricos poderiam utilizar os países pobres da Africa, da América Central, pa ra fazer parcerias, fazer produ- ção (de etanol). Quem sabe tu- do pudesse melhorar", disse. "Estamos há um século com- prando petróleo dos países árabes. Acho que agora pode remos comprar biocombusti- veis dos países africanos e dos países da América Latina, que têm disponibilidade de terra, água e sol Lula fez as declarações em tom informal, cerca de quatro horas após sua chegada a Lon- dres. Na residência, o presi- dente deveria almoçar com os ministros Gilberto Gil, da Cul- tura, Orlando Silva, dos Espor- tes, Celso Amorim, das Rela- ções Exteriores, e Franklin Martins, das Comunicações. A comitiva incluiria ainda o go- vernador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. No entanto, cansado da viagem do Brasil à Inglaterra - na qual não dormiu - Lula preferiu re- pousar. Ainda durante a tarde, o presidente atenderia jornalis- tas do jornal The Guardian, de Londres, e da emissora de tele- visão árabe Al-Jazira. (Da Agência Estado)
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