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Documents from Gilberto Gil's Private Archive

Instituto Gilberto Gil

Instituto Gilberto Gil
Brazil

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  • Title: Documents from Gilberto Gil's Private Archive
  • Transcript:
    Tim de ano, céu nublado, debates fervendo... e o ministro da Cultura engajamento político não é uma tradição da música brasileira" e que "a batida do samba não é o ritmo adequado para tecer uma reflexão sobre a sociedade e o Estado". Moratórias, juros na estrosfera, alta do dólar... E o presidente dizendo que quem manda é ele e que portanto não vai mudar a política econômica. Da análise dessas declarações, percebemos, com relação ao ministro, estar diante de um político desconhecedor de nossa história mais recente - e o texto estampado à página 3 desta edição fala por si mesmo - e de um profissional da Cultura que desqualifica aquela que é a mais legítima expressão musical do povo brasileiro, como tantas vezes temos tentado aqui mostrar. Desmerecendo o samba enquanto produto intelectual, Sua Excelência age da mesma forma que os racistas mais antigos agiam quando procuravam desqualificavar como "incivilizadas", "retrógradas", "arcaicas" e até São Luís, 27 de novembro de 1998 Prezados CAMARadas! Foi com grata satisfação que recebemos um exemplar da edição 46 do informativo "Direitos Já", após longo e sentido periodo de interrupção de sua regular bimestra- lidade. (...) Em março de 94 tivemos a oportunidade de coordenar, juntamente com o compositor Chico Maranhão, o " Seminário Maranhense do Direito Au- toral". Joral, cuja realização contou com a imortal presença do nosso inesquecível MAURÍCIO TAPAJÓS, e de um considerá- vel contingente de artistas locais, durante 4 dias, no auditório do SIOGE (órgão oficial de imprensa do Estado) De lá pra cá. aos nossos mais de 20 anos de militância cultural. otidien uma preocupação quotidiana com a questão dos direitos autorais, culmi- nando com a nossa formatura em Direito pela Universidade Federal do Maranhão, coroada com a defesa de tese de bacharelado nesta nesta respectiva área. Atualmente, temos dedicado grande parte do nosso tempo à participação em debates e seminários, promovidos pelo SATED. Centros Acadêmicos e outras entidades culturais, como conferencista ou palestrante, divulgando janeiro/fevereiro de 1999 "nocivas", quaisquer expressões culturais dos afro-descendentes e até mesmo sua presença na sociedade brasileira, não raramente rotulando a música negra como “monótona". Mas isso é concerto de câmera. Porque, cá embaixo é que a crise grita mais alto, fazendo um exército de desempregados irem virando "trabalhadores informais" eufemismo sob cuja capa se escondem milhões e milhões de camelôs, pagodeiros de beira de praia, flanelinhas, compositores de samba- enredo, vendedores de pamonha, trombonistas de bandinhas, manicures de fim de semana, cantores de botecos, consertadores de máquinas de lavar a domicílio, pianistas de happy-hour e violinistas de bar-mitzvah. A AMAR-SOMBRÁS é uma sociedade que faz Política, no sentido mais alto que esse termo possa ter. Daí, a nossa condenação à postura elitista do ministro da Cultura e à via autoritária - que também é uma forma de elitismo - através da qual o atual primeiro mandatário da Nação vem se conduzindo, à base do magister dixit, isto é, "o mestre falou, ninguém discute". esclarecendo as inovações trazidas pela Lei 9.609/98 Tivemos também um importante período à frente da Fundação Municipal de Cultura, como Presidente, onde colaboramos na implantação de valiosos instrumentos para a arte local, como wa Lei 3.700/98 (Lei Municipal de Incentivo à Cultura). Conselho Municipal de Cultura Patrimônio Histórico, I e II Fórum Municipal de Cultura, etc. No momento, fazemos parte da Coordenação Nacional do FIC- Fórum Intermunicipal de Cultura, que está preparando a realização NI do IV FIC. EIC-Encontro Intermunicipal de Cultura, line 56 acontecerá em São Luís, nos dias 25, 26, 27 e 28 de maio do próximo ano, tendo por tema "Herança Cultural e Intercultu- ralidade". Conseguimos inserir entre as 10 oficinas que que serão realizadas, uma exclusiva sobre Direito Autoral (para tanto, solicitamos antecipadamente que sugestões de nomes). witam Aproveitamos o espaço desta para tecer algumas breves iniciais considerações sobre as dificuldades vividas pelos artistas locais, em relação aos direitos: Em primeiro lugar, existe uma queixa geral acerca da falta de transparência do trabalho dos representantes locais do ECAD: sempre escolhidos através de critérios totalmente desconhecidos das pessoas que vivenciam o quotidiano cultural da cidade há um verdadeiro divórcio entre a atuação do ECAD e a luta pelos direitos dos músicos . compositores e intérpretes gerando, às vezes, sérios antagonismos e conflitos de interesses; os representantes locais do órgão nunca comparecem aos debates e reuniões a que são convidados para prestarem esclarecimentos sobre direitos e critérios de arrecadação e distribuição daqueles lo último exemplo foi o seminário promovido em outubro renda pelo SATED, durante a Semana do Artista); o acesso às informações para a orientação de trabalhos académicos, e até mesmo para subsidiarem matérias quase sempre enorme- jornalísticas mente dificultado. Enfim, consideramos estritamente bro necessário estabelecermos uma atuação conjugada e harmónica entre músicos, intérpretes executantes representantes locais do órgão central de arrecadação e distribuição de direitos www.id autorais. Nesse sentido, colocamo-nos à inteira disposição da AMAR para obter e socializar as informações tão cobradas pelos artistas: o que já vimos fazendo de DIREITOSJÁ N° 48 - Jan/Fev de 1999 Órgão Oficial da AMAR-SOMBRAS Associação de Músicos, Arranjadores e Regentes (Sociedade Musical Brasileira) Endereço: Praia de Botafogo, 462 Casa 1 - Botafogo - 22.250-040 Telefones: (021) 286.4017 e 266.1159 Fax: 286.5068 Rio de Janeiro, RJ Internet: www.amar,art.br E-mail: autor@amar.art.br Presidente de Honra: Mauricio Tapajós Membros da Diretoria: Presidente: Marcus Vinícius de Andrade Vice-Presidente: Paulo Cesar Pinheiro Diretor-Secretário: Nei Lopes Diretor-Tesoureiro José Alves da Silva Diretor: Cláudio Jorge Diretor: Olivia Byington Diretor: Yura Ranewsky Membros do Conselho Fiscal: Maurício Carrilho, Pedro Amorim e Luciana Rabello Projeto Gráfico: Egeu Laus Logotipo: Mello Menezes Jornalista Responsável: Ana Lúcia Leão Ramos de Andrade Coordenador Editorial: Nei Lopes Tiragem: 6.000 exemplares As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, maneira precária. Creio, outrossim, que obteríamos maior agilidade legitimidade se dispuséssemos de uma delegação expressa da AMAR para atuarmos neste sentido, propósito que entendo endo estar perfeitamente amparado pela disposição do Art.98. parágrafo único, da Lei 9.609/98. Concluindo, esperamos poder contribuir, sob todos os aspectos, para o fortalecimento da AMAR, e pela luta dos músicos, intérpretes e arranjadores brasileiros, dentro daquilo que nos acordo com as nossas couber, limitações Um grande abraço! JOÃO BATISTA RIBEIRO FILHO poeta/compositor/advogado NR - Companheiro Dr. João Batista: o DJ, agora em nova fase, já está chegando regularmente a quase todos os estados, inclusive ao Maranhão. onde pretendemos também "chegar" pessoalmente, em maio, para discutir todas as importantes questões colocadas pelo prezado associado.
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