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Documents from Gilberto Gil's Private Archive

Instituto Gilberto Gil

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Brazil

  • Title: Documents from Gilberto Gil's Private Archive
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    CLIENTE: Gilberto Gil VEÍCULO: O Popular - Goiânia Magazine DATA: 14/02/2008 SEÇÃO: CLIPPING SERVICE MÚSICO FRANCÊS QUE MOROU NO RIO ENTRE 1942 E 1945, TINHA 90 ANOS E ERA UM AMANTE DA MÚSICA BRASILEIRA U m dos mais importantes nomes da tradicional música francesa e amante da música brasileira - morou e se apresentou no Rio en- tre 1942 e 1945 - o cantor e compositor francês Henri Salva- dor morreu ontem, aos 90 anos, em Paris, vítima de um aneuris- ma, segundo divulgou sua grava- dora. Nascido na Guiana France- sa, Salvador era famoso por sua voz macia, sua risada escancara- da e sua longevidade: fez sua últi- ma apresentação ao vivo em de- zembro, em Paris, e, segundo sua gravadora, planejava lançar um novo álbum neste ano. O presidente da França, Ni- colas Sarkozy, que esteve na ter- ra natal do músico terça-feira, em encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse que Salvador habitava "o cruza- mento do jazz com a chanson e a bossa nova, da Europa com as Américas". Prolifico como intérprete e compositor - passou pelo jazz, blues, rock e pela tradicional chanson française - Salvador mudou-se com sua família para a França aos 7 anos e se apaixo- nou por música aos 12, após ouvir discos de Duke Ellingtone Louis Armstong. Ganhou um violão do pai e tornou-se auto- didata, participando de seu pri- meiro show aos 17 anos, com uma orquestra - seguiria com elas por quase uma década, até se lançar como cantor solo após sua temporada morando no Rio PÁG.: 07 Henri Salvador: músico francês dizia que ritmo brasileiro "foi muito importante" em sua carreira MÚSICA PERDE No Brasil Após servir no Exército fran- cés, Salvador integrou-se à ban- da de Ray Ventura em uma tur- nê sul-americana, em 1938. O grupo fez uma temporada no hotel Copacabana Palace, no Rio, e Salvador decidiu ficar na cidade, onde construiu uma re- putação tocando no célebre Cassino da Urca. Após a Segun- da Guerra Mundial, o músico voltou a Europa e fez uma céle- HENRI SALVADOR bre dupla com Boris Vian, que seria considerada a introdutora do rock na França, a partir do hit Rock and Roll Mops Sua ligação com o Brasil vol- tou a ser exaltada a partir da gra- vação de Dans Mon lle, em 1957. A canção foi várias vezes credita- da, por parte da imprensa francesa e pelo próprio Salvador, como ins- piradora da criação da bossa nova, pois teria sido após ouvi-la que Tom Jobim teria tido a idéia de de sacelerar o tempo do samba O escritor e colunista da Fo- lha de S. Paulo Ruy Castro, autor do livro sobre o movimento musi- cal (Chega de Saudade), diz que a relação de Salvador com o ritmo nacional é exatamente a oposta: "Ele sempre se alimentou da mú- sica brasileira, não o contrário" "Em 1957, Tom Jobim já estava fazendo suas canções há muito tempo", diz Castro. "Sempre gos- tei dele, tenho varios discos, mas sempre achei um pouco cretina essa coisa de ele se beneficiar co- mo inventor da bossa nova." Em entrevista à Folha de S. Paulo em março de 2007. Salva- dor, no entanto, negou o título de "criador da bossa nova". "Não gosto que digam isso. Não sou capaz, sou um pequeno composi- tor comparado a Jobim. Sou um pequeno melodista francês. Jo bim é gigante." O francês, que recebeu, em 2005, a Ordem do Mérito Cultu- ral entregue pelo presidente Lula e pelo ministro Gilberto Gil (Cul- tura), também disse que o ritmo brasileiro "foi muito importante" em sua carreira. Seu último disco, Révérence (2007) - que tem uma versão em francês de Eu Sei que Vou te Amar-, foi gravado no Rio, com o maestro e arranjador Jac- ques Morelenbaum. (FOLHAPRESS)
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