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Documents from Gilberto Gil's Private Archive

Instituto Gilberto Gil

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Brazil

  • Title: Documents from Gilberto Gil's Private Archive
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    CLIENTE: Gilberto Gil VEÍCULO: Folha de S. Paulo - SP SEC0; CLIPPING SERVICE DATA: 03/12/2008 Ilustrada MÚSICA Bárbaros' sai 30 anos depois Jom Tob Azulay vê momento atual como perfeito para se reavaliar show e filme 'Os em DVD Para ele, crise permite revisão de comportamento; show, encomendado por gravadora, reunia artistas que atritavam com canones LUIZ FERNANDO VIANNA DA SUCURSALDO RIO calismo nunca esteve tão vivo". O mundo g.obalizado, tecnoló- gico e performático foi cantado por Caetano e Gil já nos anos 60. E a indústria cultural, in grediente preponderante dessa geléia geral, está na origem de "Os Doces Bárbaros". "O show foi encomendado por uma gra- vadora multinacional, a Phono Já não seria desprezível que "Os Doces Bárbaros", 30 anos após chegar aos cinemas, saísse em DVD. Mas o diretor Jom Tob Azulay não quer seu filme visto ou revisto apenas como registro de um marco da época -o show que reuniu Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia em 1976. "Esse caráter nostálgico seria prejudicial; hoje é um bom mo- mento para reavaliar tudo. A crise não é só econômica, per- mite revisão de comportamen- to, da cultura voltada à acumu- lação. No filme, fala-se do desa- pego de valores materiais, do prazer na arte e no amor", diz Azulay, 67, que há quatro anos relançou o longa no cinema. Ele comunga da idéia que diz ter ouvido do músico e escritor JOMTOB AZULAY José Miguel Wisnik: "O tropi- diretor de carreira dos baianos', como se dizia. Era uma iniciativa de caráter comercial", diz Azulay. durante o regime militar, de ar- Mas também era a reunião, tistas que não cantavam, não se vestiam, não se comportavam conforme os cánones oficiais. perfil "artistas de protesto" de- Como também não adotavamo PÁG: E4 de de Os Doces Barbaros sejado pela esquerda, ficavam fora de esquadro numa época em que tudo era enquadrado. "Foi uma experiencia trau- mática para os responsáveis por ela e para a cultura do país. A distensão do governo (de Er- nesto] Geisel [1974-79) ainda não ocorria. O show surgiu qua- se anacronicamente, não havia malinterpretado", diz Azulay. Parte da esquerda implicava político de músicas como "O estranhas e não via o sentido roupas e coreografinsvogado. Seu Amor", "Um Indio" e "Fé tom libertário geral . A direita sas e ainda pode comemorar a implicava com as mesmas coi Esse caráter nostálgico seria prejudicial; hoje é um bom momento para reavaliar tudo. A crise não é só econômica, permite revi. são de comportamento, da cultura voltada à acu- mulação. No filme, fala-se do desapego de valo- res materiais, do prazer na arte e no amor prisão de Gil, em Florianópolis, por porte de maconha. Extras DVD traz um pouco mais do fa- Sem os cortes da época, o que ele não consegue disfarçar moso julgamento de Gil, em o semblante irônico diante das falas do juiz – que chega a fazer aba- cateiro"- e de seu próprio dente químico", teve de ir para Considerado "depen uma instituição psiquiátrica. documentário de TV pago pela Nascido para ser um curto Phonogram, o registro ganhou, com a prisão de Gil, "aspectos dramáticos" e "dimensões de filme de ficção", como diz o di- retor nos extras, em que há ain da quatro músicas e cenas de camarim. Azulay um livro recontando e avalian- y prepara agora do a saga de showe filme. OS DOCES BARBAROS Artistas: Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia Gravadora: Biscoito Fino Quantos R$ 45, em média Classificação livre Gilberto Gil, com Caetano Veloso ao fundo, em cena do filme; parte da esquerda (e da direita) implicava com roupas e coreografias
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