CLIENTE: Gilberto Gil
VEÍCULO: Folha de S. Paulo - SP
CLIPPING SEÇÃO:
SERVICE DATA: 27/02/2007
Brasil
Ministério mudará pouco, afirma Lula
Presidente diz ainda que está aguardando fim do troca-troca partidário na Câmara para definir novos nomes de sua equipe
O TROCA-TROCA PARTIDARIO
Desde as eleições, os partidos da coalizão na Câmara ganharam cinco deputados
354 Bancada
Ta posse
Afirmações foram feitas em
programa semanal de rádio;
petista não respondeu se
Marta Suplicy irá ganhar
um cargo na Esplanada
A SUCURSALE
BRASILIA
O presidente
Luiz Inácio Lu-
la da Silva disse ontem, em seu
programa de rádio, que não vai
haver "muita mudança" e nem
"grande novidade" na reforma
ministerial. Sobre a demora em
realizar as mudanças, Lula dis-
se que vai esperar o fim do tro-
ca-troca partidário entre con-
gressistas para anunciar os no-
vos nomes do primeiro escalão.
O petista vai dividir o minis-
tério de acordo com o tamanho
de cada partido no Congresso,
por isso definiu como um "pro-
blema” que as trocas partidá-
rias ainda não tenham acabado.
"O problema é que os parti-
dos estão em um processo de
alinhamento. Eu vejo todo dia
pela imprensa, converso com
as lideranças: tal partido tinha
40 deputados, passou para 46,
tal partido tinha 50, caiu para
48. Ou seja, ainda não terminou
esse movimento dentro dos
partidos políticos. (Quando ter-
minar] me dará muito mais
tranquilidade para definir a
montagem do governo e aquilo
que eu quero trocar", disse Lula
no programa semanal de rádio,
o "Café com o Presidente"
O petista mandou um recado
aos partidos aliados, de que to-
dos devem estar satisfeitos.
"Não vai haver muita mu-
dança (no ministério). Você há
de convir que todos os partidos,
com exceção do PDT, estão
contemplados dentro do gover-
no, ou seja, você pode trocar al-
guns nomes, mas a maioria dos
partidos já está totalmente
contemplada", afirmou Lula.
O presidente tem recebido
representantes dos 11 partidos
que compõem a coalizão de go-
verno para tratar do espaço de
cada sigla no novo ministério.
Os dois principais
entraves
são o PT, que resiste a abrir es-
paço para aliados, e o PMDB,
que continua dividido em duas
facções, a despeito do discurso
do Palácio do Planalto de que
pela primeira vez na história
um governo conseguiu o apoio
em peso do partido.
"Eu tenho trabalhado com
muita insistência para uma
unificação do PMDB. Todo
mundo sabe da importância do
PÁG.: A6
Base aliada na Câmara
89 90 91
83 83 82
PMDB
+2
41 41 42
PT PP
-1 +1
Fonte Camara dos Deputados
27 28 27 25
PSB
0
PMDB para consolidar a nossa
base de aliança", disse Lula.
Ele negou que vá esperar a
convenção da sigla, marcada
para ll de março, para anunciar
a reforma. "Não trata de
aguardar a convenção do
PMDB. Eu não tenho compro-
misso de fazer depois da con-
venção ou antes da convenção."
O encontro do PMDB é im-
portante porque vai definir
quem fica no comando do par-
tido, se a ala da Câmara ou a do
34 33
PR
+8
Bancada
eleita
24 23 23 22 21 20
POT PTB
-1 -2
13 13 13 13 13 13
PCdoB PV
0 0
Senado. O presidente quer es-
perar a definição para saber
com quem negociar o espaço e
os cargos do PMDB.
Lula aproveitou para recla-
mardas especulações de minis-
teriáveis por meio da mídia. “A
única coisa que, às vezes, me
deixa assim um pouco cons-
trangido, é que eu vejo pela im-
prensa nomes e mais nomes,
pessoas e mais pessoas, todo
dia sai um, todo dia entra um."
O entrevistador perguntou
352 Bancada
atual
9.77
111
PSC PRB
0
Ototal de deputados é de 513
PT detém
47%
ou 16 dos
34 ministérios
23%
dos 352 deputados da
bancada da coalizão
ao presidente se a ex-prefeita
Marta Suplicy (PT) irá para o
Ministério das Cidades. "A im-
prensa esta falando que o mi-
nistro Gilberto Gil, por exem-
plo, continua na Cultura, já está
confirmado; que Marta Suplicy
pode ir para as Cidades. Como é
que o senhor vê isso? É uma
pressão muito forte?"
Lula se esquivou. "Até agora,
todos continuam", disse, sem
responder sobre Marta. (PEDRO
DIAS LEITEE EDUARDO SCOLESE)
Petistas recuam
sobre definição
do ministério
DA SUCURSAL DE BRASILIA
Com receio de causar
mais turbulências na base
aliada, o PT mudou a es-
tratégia para negociar a in-
dicação de nomes do parti-
do para o ministério
O presidente do PT, Ri-
cardo Berzoini, disse on-
tem que a Executiva Na-
cional vai esperar Lula
marcar uma reunião para
discutir o tema. O partido
imaginava que o encontro
seria hoje, mas Lula não
agendou a conversa. "Va-
mos aguardar que ele nos
chame”, disse Berzoini.
Lula fez chegar ao PT
seu descontentamento as
pressões para que Marta
Suplicy seja nomeada mi-
nistra das Cidades no lu-
gar de Márcio Fortes, que
é apadrinhado pelo PP
-que não aceita a troca.
(ADRIANO CEOLIN)