Em meio aos coqueiros que emolduram a cena, um conjunto de músicos toca pequenos flautins e tambores num dos folguedos típicos da cultura brasileira: Caboclinhos, um dos bailados mais antigos do Brasil. Para retratar o tema Djanira elegeu o grupo musical, peça fundamental de todo o evento que se desenvolve ao som da música característica e peculiar. Como parte da festa popular outros participantes trajando adornos e vestes indígenas desenvolvem uma dança ritmada enquanto percorrem ruas de cidades da região nordeste do Brasil, na época do carnaval. Com essa obra, Djanira recebeu o Prêmio de Viagem ao País no Salão de Arte Moderna de 1952. Artista reconhecida e celebrada por retratar o Brasil e os brasileiros, sua cultura e cotidiano, legou-nos um grande número de obras e uma marca singular e inconfundível na arte brasileira. À parte de alguns comentários que faziam sobre seu trabalho, costumava dizer: “Eu é que sou ingênua, não a minha pintura.”
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