Século XIX
Óleo sobre tela
74 x 61 cm
D. Amélia, segunda mulher de D. Pedro, é retratada ostentando um rico medalhão com o retrato em miniatura do seu marido, D. Pedro, encimado pela coroa imperial.
O casamento de D. Amélia de Beauharnais Leuchtenberg com D. Pedro I, Imperador do Brasil, foi precedido de longas negociações. Interesses políticos e rumores sobre a má conduta de D. Pedro durante o primeiro casamento quase provocaram o insucesso da busca por uma noiva. O casamento religioso aconteceu finalmente a 17 de outubro de 1829, na Capela Imperial do Rio de Janeiro. D. Amélia, então com dezassete anos, tornou-se Imperatriz do Brasil, permanecendo no país apenas dois anos, entre 1829 e 1831. De volta à Europa, agora como Duquesa de Bragança, acompanhou o marido e D. Maria da Glória.
Filha da princesa Auguste da Baviera e do Príncipe do Império Francês Eugène de Beauharnais, enteado de Napoleão, Amélie Auguste Eugénie Napoléone de Beauharnais (1812-1873) nasceu em Milão, em Itália, onde o seu pai era Vice-Rei dos territórios conquistados por Napoleão. Após a queda de Napoleão em 1814, a família de D. Amélia abandonou Itália e fugiu para Munique, onde foi acolhida na corte do rei Maximiliano I da Baviera, tendo o príncipe Eugène adoptado o título de Duque de Leuchtenberg.
D. Amélia, já como princesa de Leuchtenberg, passa a infância e a juventude entre Munique e Baviera. Cedo chama a atenção pela sua beleza e virtude, requisitos que deslumbraram os emissários de D. Pedro e que compensaram amplamente o facto de pertencer a uma linhagem secundária.
Viúva aos vinte e dois anos, passa as duas décadas seguintes dedicando-se à educação da filha, a princesa Maria Amélia. Morre aos 60 anos, em Lisboa. A sua irmã Josefina, rainha da Suécia, foi a principal herdeira do património da Duquesa de Bragança.
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