Óleo sobre tela representando Apolo e Dafné. No primeiro plano, Apolo, nu, apenas com uma fita vermelha que se lhe enrola no corpo e segurando a aljava com flechas, agarra Dafné que, com uma túnica cor de ocre, levanta os braços para o céu, tendo os dedos das mãos a transformarem-se em ramos. À sua direita, um velho, também nu, sentado no chão, sustenta um vaso de onde corre água para um rio que se vai formando, ao mesmo tempo que, com a sua mão esquerda, segura uma perna de Dafné. No segundo plano, uma árvore e uma mancha arbustiva surgem por detrás de Apolo.
Segundo o Arrolamento Judicial, no início da década de 1910, a obra estava na Galeria de Quadros, tendo sido então inventariada sob a verba X''' 763. Mais tarde, foi colocada na Sala dos Últimos Quartos de El-Rei, onde se mantém.
Deve tratar-se de uma cópia do fresco Metamorfose de Dafné, executado em 1680 no Palazzo del Giardino, em Parma, por Carlo Cignani (1628-1719), pintor italiano de Bolonha, influenciado por Corregio (c.1489-1534) e por Mellozo da Forli (1438-1494).