Como a maior parte dos estatuários, Dalou executou com perfeição o nu feminino, traduzido em pequenas esculturas de banhistas, na tradição do século XVIII. Fê-lo durante toda a vida, e até mesmo na última fase da sua carreira, embora extremamente ocupado com os monumentos públicos que lhe foram encomendados para a cidade de Paris. Este entretém correspondia a um mero prazer pessoal que funcionava como uma pausa, quase um recreio, entre tarefas de maior responsabilidade, dando-lhe também oportunidade de poder comparar a sua obra com a dos seus predecessores, especialmente com Falconet e Houdon, que tinham estabelecido um padrão de excelência nessa categoria.
A estatueta conservada no Museu Calouste Gulbenkian, que pertenceu à coleção do Coronel Heseltine, é descrita por Maurice Dreyfous na obra que dedicou à vida e obra de Dalou, em 1903, o qual a distingue de muitas outras caídas no anonimato, já que nenhuma delas foi exposta, quer no Salon de Paris, quer na Royal Academy de Londres, o que dificulta o estabelecimento da sua cronologia.
Referem os biógrafos de Dalou que este terá ocasionalmente negociado algumas destas estatuetas e terá até recebido encomendas para versões em mármore, nomeadamente da Condessa de Rouvres e do Coronel Heseltine.