A obra participou da 9ª edição da Sala 9, de dezembro de 1986 a fevereiro de 1987. Roberto Pontual escreveu um artigo publicado no Jornal do Brasil de 28 de abril de 1980, a propósito de uma exposição coletiva de desenhos da qual Fernando Barata fez parte. Nele o crítico observava que o artista “Trabalha o próprio suporte e não apenas sobre o suporte: o papel lhe serve primeiro de campo de ação e linguagem, enquanto papel mesmo. Com ele amassado, prensado, rabiscado, povoado de sinais, organiza colagens sobre uma segunda superfície de apoio.” Na época, recém-formado no curso de Desenho Industrial da Escola de Belas Artes da UFRJ, Fernando Barata já era reconhecido como desenhista, além de pintor, e o papel como suporte já era uma escolha notada. Na obra “Bicicleta”, de 1986, o artista preparou a tela aderindo papel sobre ela para, então, criar a pintura. Os seus temas vêm das coisas que o cercam, de seu cotidiano. Fernando Barata mudou-se para Paris em 1982, onde vive e trabalha até hoje.