Retrato póstumo de sentida homenagem a Manuel Maria Bordalo Pinheiro (1815-1880), artista multifacetado, e pai de Rafael. É apresentado na intimidade, em traje elegante, mas de barrete e óculos postos, como se estivesse em casa. A atenção sensível concentra-se no rosto expressivo, austero e paternal. Gozando a plasticidade do material, o cuidado naturalístico de toda a modelação estende-se às diferentes representações da textura. Embora feito a partir de fotografia e em lembrança do retrato desenhado por Rafael Bordalo por ocasião da sua morte, publicado no periódico O Occidente, esta peça única é obra maior. Foi oferta ao Museu pelos sobrinhos de Rafael Bordalo Pinheiro, Dinis e Pedro, em 1926.