Nesta carta, o poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) agradece a Arminda, viúva de Villa-Lobos e então diretora do Museu Villa-Lobos, pelo recebimento de discos com a obra "Rudá" e com faixas gravadas no concurso internacional de violão organizado pelo museu. A proximidade de Drummond com o casal Villa-Lobos remonta à década de 1930, quando o poeta, chefe de gabinete do Ministério da Educação e Cultura, participou de uma ampla rede de sociabilidade que envolvia intelectuais-colaboradores do órgão – entre os quais, Candido Portinari, Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Graciliano Ramos e, claro, Heitor Villa-Lobos, chefe da Superintendência de Educação Musical e Artística (SEMA) e, a partir de 1942, diretor do Conservatório Nacional de Canto Orfeônico.