Juventude em Marcha dá continuidade ao estilo depurado de No Quarto da Vanda, e, centrando-se no olhar de Ventura, que representa os anseios da comunidade imigrante cabo-verdiana, lança a Portugal um olhar de lamento – esse Portugal pós-revolução de abril de promessas por cumprir, que não eliminou as desigualdades sociais e se deixou condicionar sobremaneira pelas consequências do colonialismo - desde a incapacidade de acolhimento das pessoas que em Portugal viam um refúgio, aos esquemas de reprodução social que Costa começou por explorar em Ossos.