O desenvolvimento de grandes superfícies e atmosferas monocromáticas atinge neste quadro o auge, por via dos azuis ultramarinos. As figuras são realizadas de modo esquemático, por vezes só pelo contorno, envoltas numa auréola de tom mais claro e desproporcionadas em relação ao casario que acusa influências cubistas e sugere uma dimensão antropomórfica.
O espaço transforma-se assim numa projecção do sujeito que codifica e produz um mundo pela linguagem do seu inconsciente. A metade esquerda do quadro apresenta traços persecutórios e depressivos, ao passo que na metade direita a euforia dos pares dançando contamina o ambiente e transfigura a própria perspectiva. (Pedro Lapa)
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