CLIENTE: Gilberto Gil
VEÍCULO: Jornal Cidade - Rio Claro
CLIPPING SEÇÃO: Intervalo
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DATA:
01/08/2008
CULTURA
Saída de Gilberto Gil
do MinC repercute na
comunidade artística
Com uma boa dose de sarcasmo, o humorista e compositor Juca
Chaves opina que “deve ser muito chato ser ministro"
(Da Redação) - O can-
tor Gilberto Gil, que anun-
ciou na quarta-feira sua sai-
da do Ministério da Cultura,
colecionou diversos atritos
quando estava à frente da
pasta. Ele estava no gover-
no desde o início do primei-
ro mandato do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva.
Em mais de cinco anos
no governo, Gil também ten-
tou conciliar a vida de minis-
tro e músico, apresentando-se
até na sede da ONU, em
Nova York, e em novela da
Globo. Em 2007, o jornal
norte-americano "The New
York Times" aproveitou
uma
visita do ministro aos EUA
para elogiar o projeto oficial
de incentivar, nas periferias, a
produção de formas de arte
alternativa, como grafite e
rap.
Gil afirmou durante a
entrevista coletiva que está
deixando o governo por ne-
cessidades pessoais, mas
"com um certo ar de sauda-
de". O ministro disse ainda
que a música "Refazenda
ilustrava sua passagem pelo
governo, porque faz refe-
rência ao Planalto Central.
"Acho que 'Refazenda' tem
tudo a ver com esse momen-
to. Esse governo significa
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com
uma refazenda extraordiná-
ria para o país. O presidente
me relatava há pouco o
avanço da agricultura fami-
liar
OS
biocombustíveis. Eu a cede-
ria como jingle. Amanhece-
rá tomate e anoitecerá ma-
mão", disse o cantor. Mes-
mo com bom humor, Gil
lembrou que uma de suas
decepções foi não poder in-
vestir 1% do orçamento to-
tal do governo federal em
Cultura.
O artista plástico José
Roberto Sechi classifica a
saida de Gil como uma der-
rota para a classe artistica.
“Demoramos muito tempo
para ter um artista no co-
mando da pasta. É lamentá-
vel que Gil tenha aberto
mão de seu cargo", comen-
ta.
Com uma boa dose de
sarcasmo, o humorista e
compositor Juca Chaves
opina que deve ser muito
chato ser ministro. Se eu
fosse ele, também iria prefe-
rir ser cantor, que é mais di-
vertido. Mas se criarem o
Ministério das Igrejas, po-
dem me convidar para ser
ministro que eu estou den-
tro. Imagina só a verba que
iam me dar!"
Deixando a ironia de
lado, Chaves afirma que Gil
contribuiu não somente para
a cultura, mas para o Brasil
como um todo. "Gil trouxe
a alegria baiana para o go-
verno Lula e isso pegou
muito bem lá fora", comen-
ta.
Paulo Osório Silveira
Bueno, secretário municipal
da Cultura de Rio Claro, diz
não ter se surpreendido com
a troca de comando no
MinC. "Gil tinha um acordo
com Lula e já desejava sair
do governo desde o início
do segundo mandato. Ele é
uma unanimidade nacional
e foi
bom ministro", co-
menta,
A maior dificuldade de
Gil no MinC, para Paulo
Osório, sem dúvida foi a
verba reduzida de sua pasta
"Esse problema não é ex-
clusivo da gestão de Gil,
pois no Brasil cultura ainda
não é prioridade. O melhor
legado que ex-ministro
deixou foi a dinamização da
Lei Rouanet. O estado de
São Paulo se beneficiou
enormente, vide a progra-
mação cultural de alto nivel
oferecida gratuitamente pe-
las unidades do Sesi e do
Sesc", conclui
Gilberto Gil pediu afastamento do MinC para se dedicar à carreira artística
Selos postais e filatelia divulgam
cultura e simbologia
brasileiras
(Divulgação) - A partir da
circulação da primeira emissão
postal brasileira, chamada de
*Olho-de-boi', há 165 anos,
não só o modelo comercial do
serviço de distribuição de car-
tas evoluiu. A inovação pre-
sente na arte, nos temas e nos
processos gráficos dos selos
postais brasileiros vem toman-
do-os cada vez mais atraentes
e populares.
A filatelia brasileira, res-
ponsável por deter o primeiro
selo do mundo com legendas
em braille, emitido em 1974,
tem em seu histórico uma série
de obras de destaque. São bra-
sileiros: o segundo selo do
mundo com imagens
tridimensionais (bloco 20"
Bienal Internacional de São
Paulo, de 1989), o selo aroma-
tico Parques Nacionais (1999),
alertando para o perigo das
queimadas, vencedor do pré-
mio Asiago, considerado o Os-
car da Filatelia Mundial, o selo
redondo Campeões do Mundo
do Futebol do século 20, entre
outros
Dando continuidade ao
processo de diversificação,
melhoria do design e utilização
de inovações tecnológicas na
produção filatélica, em 2003,
foram lançados: o selo do Na-
tal, no formato triangular e
auto-adesivo, e o selo alusivo
luta contra o HIV/Aids, no
formato de coração. Em 2004,
as principais novidades foram:
a aplicação da reticula
estocástica na emissão "Preser-
vação dos Manguezais e Zonas
de Mare", proporcionando
efeitos de micropigmentação
Além do papel de difundir
a cultura brasileira no cenário
nacional e internacional atra-
vés dos selos, os Correios, se-
guindo as tendências mundiais
do mercado, ainda oferecem a
possibilidade de utilizá-los
como o difusor de marcas e da
missão de importantes institui-
ções nacionais
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