também fizeram o mesmo.
No entanto com esta apela-
ção do sem medo de ser
corrupto ele teria justamen
te ofendido e provocado a
maioria dos brasileiros pob-
res e honestos, adverte o
editorialista Augusto Nunes,
no Jornal do Brasil". Ao
mesmo tempo, chavões des
te tipo ou ainda a desculpa
esfarrapada dada mais tarde
de que teria sido traido pelos
seus colaboradores poderi-
am arrefecer a generosidade
do empresariado para com o
PT em comparação a 2002.
E mesmo que Lula seja ree-
leito este ano, uma coisa ja
pode ser claramente antevi-
sta: seu partido não poderia
alcançar nem mesmo os 19
por cento de 2002 e isto
encolheria o número de par-
lamentares no Congresso
Além de lutar pelos votos
dos eleitores os candidatos à
presidência devem nas proxi-
mas semanas lutar também
por parceiros de alianças
Geraldo Alckmin define esta
exigência do seguinte modo:
não é possível realizar refor-
ma politica no Brasil sem
uma ampla maioria no
Congresso
Na formação de uma coali-
zão em 2006 Lula e Alckmin
estão diante da mesma si-
tuação: se otucano" quiser
realizar uma reedição da ali-
ança do PSDB e PFL (como
em 1994 e 1998) e se o atual
Chefe de Estado empenhado
na propria reeleição quiser
ter o apoio do PMDB, terão
ambos de persuardir seus
respectivos parceiros de ali-
ança a renunciarem a candi-
datos próprios para a presi-
dència
É claro que pode ser que
também o próprio Lula não
consiga os fenomenais 61
por cento de votos de antes
No entanto, se quiser somar
pontos, seu desafiante, Alck-
min, não pode contar apenas
com o inconfundivel desga-
ste da imagem do presidente
Lula, mas antes fortalecer
mais do que fez até agora
seu perfil pessoal e seu pro-
grama de governo.
Pois em comparação à capa
cidade demagógica de Lula,
até o momento o tucano"
tem um efeito muito pálido e
trivial. Tão logo todos os
candidatos tenham sido con
firmados pelos congressos
dos partidos e a campanha
publicitária das eleições seja
iniciada na televisão, Alckmin
poderá com certeza melhorar
alguma coisa neste aspecto.
Como principal mérito do ex-
governador os gerentes da
campanha eleitoral de Alck-
min devem sublinhar sua ja
comprovada kompetencia
administrativa principalmente
em comparação com o preside São Paulo.
dente em exercicio: enquan-
to no ano anterior o Brasil
com apenas 2,3 por cento de
crescimento ocupou o penúl-
timo lugar na América Latina,
com 7,5 por cento o Estado
de São Paulo alcançou um
valor que lembra a dinamica
da China ou da India.
26 Vida Brasil 03/06
E neste meio tempo eles têm
sido bem sucedidos por
meio da promessa de não
apresentarem concorrentes
do próprio partido para de-
terminados postos de depu-
tados e senadores nos esta-
dos nos quais seus parceiros
de aliança já possuam candi-
datos. No Maranhão por
exemplo, Lula já tem o apoio
do PMDB na pessoa do ex-
Presidente da República e
hoje senador
José Sarney,
que por isto pode contar
com a ajuda do bem votado
PT na eleição de sua Rose-
ana. Nesta negociata entre
Lula e Sarney o Partido dos
Trabalhadores tera natural
mente de engolir alguma col-
sa; entretanto, para melhorar
suas chances, Alckmin tam-
bém terá de realizar acordos
eleitorais semelhantes em
diversos estados brasileiros,
principalmente no Rio onde
os porta-vozes do PSDB e
do PFL não são particular
mente favoráveis ao homem
E normal que no Brasil sur-
jam pelo menos na primeira
rodada de votação muitos
candidatos a presidência, e
que no segundo turno a es-
colha recala sobre dois cor-
redores de ponta. Desta
vez porém o resultado final
já poderia se expor depois
do primeiro turno - não
apenas por causa da grande
vantagem de Lula nas pes-
quisas eleitorais, mas tam-
bém simplesmente por causa
da falta de outros candidatos
atrativos
Pois durantes semanas o
campo dos competidores
parecia se limitar às seleções
do PT e do PSDB. Dentre os
demais partidos somente o
PMDB teria o formato para
apresentar um candidato
próprio e eventualmente
também conseguir ganhar,
Porém, neste meio tempo
Itamar Franco retirou-se mais
uma vez, e Antony Garotinho
socobrou não só pela aver-
são da base do partido como
também pela rejeiçao da opl-
nião pública brasileira.
O senador Pedro Simon co-
mo terceiro candidato experi-
mental parece ser bastante
combativo apesar de sua
idade avançada, mas ele
proprio deveria rejeitar para
si mesmo uma comparação
com estilitas do PMDB como
Tancredo Neves ou Ulysses
Guimarães. Por este motivo
sua função teria acima de
tudo se limitado a aglutinar
em torno de si eleitores po-
tenciais de Lula e com isto
melhorar indiretamente as
chances de Alckmin.Com
um desdobramento deste
tipo a fase quente" da cam-
panha pode tornar-se empol-
gante apesar da pobreza de
oferta
verneurs dürften seine Wahl-
kampf-Manager wohl die
nachgewiesene Verwaltungs-
Kompetenz Alckmins gerade
im Vergleich zum amtieren-
den Präsidenten heraus-
streichen: Während Brasilien
insgesamt im Vorjahr mit
2,3 Prozent Wachstum den
vorletzten Platz in ganz La
teinamerika belegte, kam das
Bundesland Sao Paulo mit
7,5 Prozent auf einen Wert,
der an die Dynamik
Chinas
oder Indiens erinnert.
Außer um Wahlerstimmen
müssen die beiden Präsi-
dentschafts-Anwärter in den
kommenden Wochen auch
um Bündnispartner werben.
Geraldo Alckmin brachte die
ses Erfordernis so auf den
Punkt: Reformpolitik lässt
sich gerade in
Brasilien nicht
ohne eine breite Kongress-
basis betreiben.
Bei der Koalitionsbildung
von 2006 stehen Lula und
Alckmin dabei spiegelbildlich
vor der gleichen Situation:
Will der, tucano" eine Neu
auflage des Bündnisses von
PSDB und PFL (wie 1994
und 1998) bewerkstelligen
und der um seine Wieder-
wahl bemühte jetzige Staats-
chef die PMDB hinter sich
bringen, müssen beide den
jeweiligen Koalitionspartner
zum Verzicht auf einen eige-
nen Präsidentschafts-Kan-
didaten bewegen.
Das gelang ihnen mittlerweile
durch die Zusage, keine kon-
kurrierenden Anwarter ihrer
eigenen Partei für bestimmte
Abgeordneten- und Senato-
ren-Posten in den Bundes-
ländern gegen Kandidaten
des angestrebten Koalitions-
partners ins Rennen zu schi-
cken. So zum Beispiel im
Maranhão, wo Ex-Präsident ohnehin allein die PMDB das
und PMDB-Senator José Format, einen eigenen Kandi-
Samey wie 2002 wieder Lula daten aufzustellen und even
unterstützt und dafür auf die tuell auch durchzubringen.
Hilfe der stimmenmächtigen Aber Itamar Franco zog sich
PT bei der Wahl seiner Toch- inzwischen wieder zurück,
ter Roseana zahlen kann. und Anthony Garotinho
An diesem Kuhhandel zwi- scheiterte sowohl am Wider-
schen Lula und Sarney hat willen der Parteibasis als
die Arbeiterpartei natürlich auch an seiner Zurückwei-
einiges zu schlucken, ahli- sung durch die brasilianische
che Wahlabsprachen muss Offentlichkeit
allerdings auch Alckmin in
verschiedenen Bundeslän-
dern treffen, vor allem in Rio,
wo die Wortführer von PSDB
und PFL dem Mann aus Sao
Paulo nicht sonderlich gewo-
gen sind.
Normalerweise erscheinen in
Brasilien wenigstens zur ers-
ten Abstimmungsrunde meh-
rere Präsidentschafts-Anwar-
ter, und erst bei der Stich-
wahl fällt die Entscheidung
zwischen den Spitzenreitern.
Diesmal könnte das endgülti-
ge Ergebnis jedoch schon
nach dem ersten Urnengang
vorliegen - nicht etwa wegen
Lulas grossem Vorsprung in
den Wahler-Umfragen, son-
dern schlichtweg mangels
zugkraftiger Alternativen.
Denn wochenlang schien
sich das Feld der Wettkamp-
fer auf die Trikots von PT und
PSDB zu beschränken. Von
den übrigen Parteien hätte
Senator Pedro Simon als
dritter Probekandidat wirkte
zwar trotz seines hohen
Alters ausgesprochen kamp-
feslustig, doch einen Ver-
gleich mit den Saulenheiligen
der PMDB wie Tancredo
Neves oder Ulysses Guima-
räes dürfte er wohl selber für
sich ablehnen. Seine Funk-
tion hatte sich deshalb vor
aller darauf beschränkt,
potenzielle Lula-Wahler an
sich zu ziehen und damit
indirekt Alckmins Chancen zu
verbessern. Bei einer sol-
chen Entwicklung hatte die
,,heiße Phase" der Kampagne
trotz des kümmerlichen An-
gebots spannend werden
können.
Lorenz Winter-
Rio de Janeiro
Tradução:/Übersetzung:
Marcia Guerra
GILBERTO
GIL
& BAND
Neuer Konzertermir
Do 29. Juni 2006
STUTTGART
Freilichtbühne
Killesberg