O romance de Suas Excelências
O mais apaixonado debate que
mobiliza a Câmara dos Deputados no
momento é o namoro da gaúcha
MANUELA D'ÁVILA, 26 anos, do
PCdoB, com o paulista JOSÉ
EDUARDO CARDOZO, 48, do PT.
O romance vem desde o começo do
ano, pelo menos, e nas últimas
semanas eles têm sido vistos juntos
um olharzinho aqui, um sorrisinho ali
em festas e no plenário. Cardozo,
separado há dois anos, uma
filha de 15, e Manuela, sozinha
há oito meses, ainda não assumiram
abertamente porque ele tem
"questões familiares" a resolver.
Num lugar onde só se pensa naquilo.
o líder do PCdoB na Câmara,
Renildo Calheiros, glosa: "Não basta
o PT
mar os nossos cargos,
agora toma também as
nossas deputadas”.
O desfile das
sarkozettes
Um jantar oficial no
Palácio do Eliseu, um
longo roxo colado ao
corpo (sem vestígio de
roupa de baixo) e pronto:
as relações internacionais
da França estremeceram.
Que mulher, em sã
consciência, vai querer
estar na mesma noite
de gala que CARLA
BRUNI, a incomparável
primeira-dama do
presidente
Nicolas
Sarkozy? Nem o saltinho
baixo, para não ofuscar o
marido, importou.
Menos imponente, a
ministra da Justiça,
RACHIDA DATI,
42 anos, arriscou na pose,
na fenda e nos saltos
altíssimos. Dúvida: será
que Rachida vai ao
próximo casamento da
amiga Cécilia, a ex de
Sarkozy?
Noveleira, com
muito orgulho
Apesar da longa carreira artística - faz
comerciais desde os 9 meses -, a atriz
CAMILLA BELLE, 21 anos, só ficou
mais conhecida depois da estréia do épico
10000 a.C. Soube-se, então, que tem um
pé no
Brasil, mais precisamente em
Santos - sua mãe é de lá e ela visita a
cidade quase todo ano. Até da entrevista
em português (com sotaque).
QUE TAL FAZER UMA SUPERPRODUÇÃO COMO
10000 A.C.? Difícil. Passei seis meses indo
de um país para outro. Primeiro morri de
frio nas montanhas da Nova Zelândia e
depois morri de calor no Deserto da
Namíbia, com uma equipe de
500 pessoas que eu não conhecia. Mas
minha mãe me acompanhou - e acabou
virando a mãe de todo mundo.
ELA SEMPRE VIAJA JUNTO? Sempre, a
pedido meu. Sou nova, sou mulher e nem
sempre é fácil me impor. Com minha mãe
por perto, não me obrigam a trabalhar
demais ou a fazer cenas muito perigosas.
Além disso, ela cuida de mim e faz meus
pratos prediletos.
CARREIRA OU FACULDADE? É um dilema.
Há dois anos entrei na Universidade
Columbia, em Nova York, e tranquei a
matrícula. Por outro lado, estou naquele
ponto da carreira em que, se me afastar,
corro risco de ser esquecida, e não
quero que isso aconteça.
QUEM FALA PORTUGUÊS EM CASA?
Só eu e minha mãe.
Meu pai é gringo,
não fala nada.
Mas minha casa
é brasileira: minha
avó está sempre
lá, vemos novela
todo dia. Nos
Estados Unidos,
espera-se que
você saia de
casa quando faz
18 anos, mas isso
não é para mim. Eu
me sinto brasileira.
Editado por Lizia Bydlowski. Colaboraram Bel Moherdaui,
Isabela Boscov e Sandra Brasil
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