Em 1909, data provável desta tela, Segall se aproxima da Secessão Berlinense,
movimento influenciado pelos impressionistas alemães. Segall, que desde 1907
frequentava a Imperial Academia Superior de Belas Artes de Berlim, vê no
Impressionismo da Secessão uma “esperança de salvação”, como escreveu mais
tarde. O Impressionismo propunha um modo de pintar mais livre que o imposto
pelo ensino conservador da Academia, valorizando a escolha de temas sociais,
a vibração da matéria pictórica e o movimento. Essas características estão
presentes nesta tela, uma das que Segall mostrou na primeira exposição que
realizou no Brasil, em 1913. Pinceladas curtas e coloridas fazem a pintura vibrar,
enquanto o movimento é sugerido pelo braço do músico e pelo arco do violino,
que escapam da tela, à direita.