Inmensa (1982-2002) é uma versão desenvolvida especialmente para Inhotim da obra homônima criada em 1982. Na presente escultura, Cildo Meireles não apenas substitui a madeira, da qual é feita a versão original, por aço, como também amplia consideravelmente suas dimensões, criando uma nova relação de escala tanto com a paisagem em seu entorno como com o corpo humano, e alterando assim a experiência estética do observador. A obra apresenta características que a aproximam da estética minimalista, como a redução formal a elementos geométricos, o serialismo e a progressão. Porém, o uso que o artista faz dessa linguagem subverte os preceitos do minimalismo, uma vez que a obra não se resume à sua forma e seu material, mas evoca uma ampla gama de significados e referências externas, algo implícito já no próprio título, que se refere não apenas ao tamanho mas àquilo que a obra representa: do latim, in mensa quer dizer na/sobre a mesa. Ao se apropriar de objetos de origem doméstica – um jogo de mesa e cadeiras – e alterar sua configuração usual, suas proporções e seu contexto, o artista cria uma escultura que permite várias interpretações. Formada por uma estrutura arquitetônica na qual, opondo-se à lógica, os elementos menores sustentam os maiores, a obra questiona noções de hierarquia e equilíbrio que podem ser lidas na ordem da sociedade, da política e da economia.
Inmensa (1982-2002) é uma versão desenvolvida especialmente para Inhotim da obra homônima criada em 1982. Na presente escultura, Cildo Meireles não apenas substitui a madeira, da qual é feita a versão original, por aço, como também amplia consideravelmente suas dimensões, criando uma nova relação de escala tanto com a paisagem em seu entorno como com o corpo humano, e alterando assim a experiência estética do observador. A obra apresenta características que a aproximam da estética minimalista, como a redução formal a elementos geométricos, o serialismo e a progressão. Porém, o uso que o artista faz dessa linguagem subverte os preceitos do minimalismo, uma vez que a obra não se resume à sua forma e seu material, mas evoca uma ampla gama de significados e referências externas, algo implícito já no próprio título, que se refere não apenas ao tamanho mas àquilo que a obra representa: do latim, in mensa quer dizer na/sobre a mesa. Ao se apropriar de objetos de origem doméstica – um jogo de mesa e cadeiras – e alterar sua configuração usual, suas proporções e seu contexto, o artista cria uma escultura que permite várias interpretações. Formada por uma estrutura arquitetônica na qual, opondo-se à lógica, os elementos menores sustentam os maiores, a obra questiona noções de hierarquia e equilíbrio que podem ser lidas na ordem da sociedade, da política e da economia.