Na Alemanha dos anos 1920, derrotada na Primeira Guerra, dominava um sentimento de pessimismo e desesperança, que se traduzia na tendência chamada Nova Objetividade. O idealismo do início do movimento expressionista dava lugar ao ceticismo e à convicção de que essa dura realidade devia ser mostrada de modo objetivo. Na pintura de Segall, a geometria angulosa e as zonas autônomas de cor,
típicas do período anterior, são substituídas por um novo instrumento expressivo – a linha, que percorre os assuntos acentuando-os como sintomas de uma realidade em crise. Nesta tela, as figuras têm cabeças enormes, olhares perdidos, pés e mãos definhados. A composição conduz o olhar do observador para a horizontal do leito de morte, passando por elementos toscos – a cadeira e a pequena mesa, sobre
a qual se vê um prato vazio e uma débil planta.
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