Giuseppe Troni (atribuído a) Portugal, 1790-1807 Óleo sobre tela 122 x 94 cm
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Detalhes
Título: D. Maria I, Rainha de Portugal
Descrição detalhada: Filha primogénita de D. José I, como futura rainha de Portugal recebe uma educação esmerada, com um forte cunho de religiosidade que iria marcar toda a sua governação. Em 1760 casa com o tio, o Infante D. Pedro (futuro D. Pedro III), por quem nutre grande afeição, e em 1777 ascende ao trono por morte do pai.
As mortes sucessivas de vários entes queridos, nomeadamente do marido (1786), do seu confessor pessoal, do príncipe herdeiro D. José, e da filha infanta D. Mariana Vitória (1788), e ainda o trágico destino da família real francesa decorrente da Revolução Francesa (1789), acentuam a debilidade mental da rainha, que é afastada do governo em 1792.
Em novembro de 1807, nas vésperas da chegada do exército napoleónico a Lisboa, a rainha embarca com a Família Real para o Brasil, onde viria a morrer, a 20 de março de 1816.
O retrato do Palácio Nacional de Queluz assemelha-se em fisionomia, trajes e adereços, ao existente no Paço Real da Bemposta (1793), ambos pintados numa época em que a demência da rainha a impedia de posar. Terão sido inspirados no retrato que Thomas Hickey (Dublin, 1741- Madras, 1824) pintara ao vivo, anos antes, entre 1780 e 1783. O retrato do pintor inglês, provavelmente o que hoje se encontra na Academia das Ciências de Lisboa, terá servido de modelo à maioria dos retratos posteriores da soberana.
O Palácio Nacional de Queluz possui uma gravura de Gaspar Fróis Machado (1759-1796), de 1786, baseada na pintura de Hickey, como se indica na subscrição da estampa (T. Hickeÿ. pinxit).
SOBRE GIUSEPPE TRONI
Pintor retratista italiano conhecido por “Trono Grande”. Antes de chegar a Portugal trabalha em Roma, Nápoles e Turim. Instalado em Lisboa em 1785, recebe encomendas da família real, destacando-se o painel da Conceição da capela-mor da Igreja do Paço Real da Bemposta, pintado em 1793, em que figura a rainha D. Maria I, então já afastada do governo, e a família real. Também fez numerosos retratos em miniatura e cópias de grandes mestres como Rafael e Tiziano.
Criador: Giuseppe Troni, atribuído (Turim, 1739-Lisboa, 1810)