“Flor Mineral” é o exemplo de uma produção que transita entre o Concretismo e o Neoconcretismo. Enquanto o primeiro valorizava o abstrato, a pureza da forma trabalhada com racionalidade, objetividade e exclusão de sentimentos agregados, o último propunha a retomada da subjetividade, da arte não apenas como objeto, mas como veículo de expressividade. O artista Franz Weissmann esteve dos dois lados desse embate que aconteceu na década de 1950. Franz Weissmann nasceu em Knittelfeld, Áustria, em 1911. Mudou-se para o Brasil quando tinha onze anos de idade. Começou a estudar arte em São Paulo no final da década de 1930. Estudou as técnicas de moldagem e fundição com August Zamoski (1893-1970). Começou a produzir obras figurativas, mas na década de 1950 passou gradualmente a produzir obras abstratas geométricas dentro do conceito do Concretismo, utilizando, para isso, recortes e dobraduras de chapas metálicas. Mais tarde passou a defender o Neoconcretismo, sendo um dos fundadores do Grupo Neoconcreto em 1959, no Rio de Janeiro. Realizou diversas esculturas para espaços públicos como a da Praça da Sé, em São Paulo, e a do Parque da Catacumba, no Rio de Janeiro, cidade onde faleceu em 2005