Os anos 1919 e 1920, na Alemanha, representaram uma época de falência de todas as utopias. Seres humanos perplexos, perdidos, sem sonhos possíveis, que perambulavam pelas grandes cidades alemãs, foram retratados por Segall como fantoches sem corpo e sem alma, uma quase abstração. Esta gravura leva às últimas consequências a simplificação construtiva das obras expressionistas do artista, emprestando a figuras humanas sem chão o caráter de máscaras cerimoniais. Essa mesma síntese teria uma versão a óleo, em 1923.
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