Nascido “no Reino do Congo” e batizado na freguesia Nossa Senhora dos Remédios, em Luanda, Antônio Dutra chegou bem jovem ao Rio de Janeiro no início do século XIX. Atuando como barbeiro, conseguiu juntar recursos para comprar sua alforria e prosperar. Quando morreu, em 1849, já aparecia como pessoa de posses e membro das irmandades de Santa Ifigênia e Santo Elesbão, Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos a Ordem dos Terceiros de São Domingos. Dutra enriqueceu tanto por sua ocupação de barbeiro como de músico e líder de uma orquestra de barbeiros, composta por africanos, escravizados, libertos e nascidos no Brasil. No inventário de seus bens foram registados diversos instrumentos musicais.