Executada por Eduard Hildebrandt depois de seu retorno à Alemanha, após breve passagem pelo Brasil em 1844, esta pintura revela o gosto pelo exótico e a afinidade do artista com a pintura orientalista. Antes de visitar o Brasil, o artista realizou uma viagem de estudos que o levou à Escandinávia, Inglaterra e Escócia. Depois, mudou-se para Paris onde passou seis meses no estúdio do pintor e aquarelista Eugène Isabey (1803-1886). Em 1843, voltou para Berlim e tornou-se grande amigo do naturalista Alexander von Humboldt (1769-1859). Graças a ele, Hildebrandt conseguiu um financiamento do rei da Prússia Frederico Guilherme IV para visitar a América, onde viajou por alguns estados brasileiros e norte-americanos. Durante essa viagem produziu um vasto número de aquarelas retratando paisagens e panoramas, além de cenas e tipos urbanos. É provável que Hildebrandt tenha feito uso de uma das aquarelas produzidas durante essa viagem como ponto de partida para a execução desta tela a óleo, técnica na qual o artista parece perder um pouco de sua espontaneidade.