Retrata-se no pastel Louis Duval de l’Épinoy, Senhor de Saint-Vrain, conselheiro e secretário do rei Luís XV. A expressão do modelo, de uma vitalidade impressionante, deixa adivinhar a presença de um espírito sagaz. O artista capta com génio a informalidade aparente do momento e transforma-o num instante vivo e corpóreo.
A composição ilustra o entusiasmo do autor pelo racionalismo da época já que, como é notório, o «século das luzes» encontra pleno espaço de afirmação no realismo analítico da representação. A obra, povoada de alusões à geografia e às letras, reflecte ideias e testemunha mentalidades. O apontamento da caixa de rapé documenta, também, costumes requintados.
Azuis, cinzentos e rosas suaves, preferências cromáticas de La Tour, manifestam-se especialmente favoráveis à harmonia visual do conjunto. Esta obra foi considerada no Salon de Paris de 1745 como o triunfo absoluto da pintura a pastel e o maior retrato até então executado por Maurice-Quentin de La Tour.
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