A pintura foi quase seguramente executada por ocasião do casamento de Elisabeth Garth com o seu primo William Lowndes-Stone em 15 de julho de 1775. A composição obedece genericamente à requintada tipologia de retrato de corpo inteiro introduzida por Van Dyck em Inglaterra na década de 1630, altura em que o mestre foi pintor oficial da corte do rei Carlos I.
A figura alongada traja vestido de seda salmão e xaile de gaze transparente rematado por franja dourada. Apresenta-se «ao natural», de pé, enquadrada por paisagem, tão ao gosto da pintura local. O estilo sofisticado do retrato não contraria a informalidade da pose e a frescura cativante do modelo. A obra conserva, pelo contrário, a espontaneidade característica da melhor produção do pintor no género.
O quadro apresenta semelhanças com outras representações femininas realizadas pelo artista no mesmo período, fazendo-se destacar, no entanto, por uma incomparável distinção. Foi, por isso, justamente considerado como um dos mais belos retratos da autoria de Thomas Gainsborough, vulgarmente considerado o «intérprete ideal da mulher inglesa».