Quinta de produção vinícola situada na margem norte do rio Douro em frente à foz do rio Torto, local conhecido como Bateiras, topónimo a que surge associada no mapa do Douro Portuguez e Paíz Adjacente, do barão de Forrester. A Quinta das Bateiras foi adquirida ao médico António Reis, em 1906, pela avó materna de Claire Bergqvist, filha do importante negociante de vinhos Albert Feuerheerd (LIDDELL; PRICE: 1992, 88). Manteve-se na posse da família deste então, que foi empreendendo importantes remodelações na vinha e no núcleo habitacional, onde sobressaem o jardim envolvente e o armazém de grandes dimensões. Conserva-se uma significativa parcela de vinha em socalcos pós-filoxera, que se desenvolve desde a linha-férrea até à estrada 590, confinando a poente com a Quinta do Porto. Construído em 1911 este conjunto destaca-se pelo traçado rectilíneo dos muros, cujos ângulos se alinham ao longo da encosta, e pela organização das escadas de salta-cão e rampas, articuladas em ziguezague. Os terraços são suportados por muros de xisto que chegam a atingir 5,55 metros de altura. As paredes, com alicerces assentes sobre fragas, são por vezes reforçadas com um muro duplo.
Merecem destaque o muro de divisão com a Quinta do Porto, de remate capeado, e o sistema de drenagem de águas situado acima das casas, composto por copeiros munidos de bocas de saída que evitam que a água escorra pelo muro, bem como o modo de aproveitamento e condução da água das minas existentes na propriedade, recolhida em tanques.
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