Quinta de produção vinícola implantada num cabeço entre os vales dos rios Corgo e Tanha, junto à Quinta de Avidagos. O núcleo principal, situado na linha de cumeada, é formado por diferentes construções articuladas por pátios onde pontuam zonas de pomar, horta e jardim. Estes elementos são atravessados pelo antigo caminho murado que ligava o lugar de Alvações do Tanha até à linha do Corgo. O caminho forma um largo junto à capela da quinta, dedicada a Nossa Senhora do Carmo, em frente da qual se encontra um marco da demarcação de Feitoria de 1758. Nas zonas altas e na entrada da quinta conservam-se zonas de mortório recolonizado por olival e por mata.
A vinha preserva algumas áreas em socalcos pós-filoxera enquadrados por bordaduras de oliveira. O conjunto voltado ao vale do Corgo apresenta tabuleiros largos e inclinados, de traçado geométrico, pontuados por árvores de fruto. Na vertente voltada ao Tanha as paredes assentam sobre as fragas do terreno, resultando num traçado mais irregular dos terraços. Alguns panos de muro conservam copeiros de drenagem de águas e caiação, em particular nas zonas mais próximas do núcleo construído. A ligação entre os geios é feita através de escadas embutidas e de salta-cão, salientando-se o conjunto de escadas embutidas transversalmente e alinhadas desde o jardim até ao cimo da encosta.
A pedra utilizada na construção foi extraída de uma pedreira aberta nos terrenos da quinta, de que resultou uma vala com 6 a 7 metros de profundidade, aterrada no início do século XXI. Como os trabalhos de construção se prolongaram por vários anos, os pedreiros acabaram por se fixar nas imediações da quinta, dando origem ao lugar de S. Gens, situado na margem oposta do rio Corgo, abaixo de Vila Maior.
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