A história de Portugal ganha, no conjunto de relicários de José de Guimarães, uma dimensão iconoclasta e crítica. São espaços limitados e confinados, onde a pulsão experimental e devoradora de José de Guimarães deposita lixo e troféus de guerra como se de pintura se tratasse. Inspirados nos cultos devocionais, europeus e africanos, os relicários encerram amálgamas heterogéneas de objectos, denunciando o absurdo da guerra e a vacuidade das conquistas.