Em janeiro de 1867, Teodora Dias da Cunha foi submetida a um interrogatório. Disse desconhecer sua idade, declarou ser casada com Luís e ser filha de Balanger, carpinteiro. Não sabia o nome da mãe, conga, mas afirmou que seus pais eram ambos da Costa do Congo. Contou que era cozinheira e que não sabia ler ou escrever. Trazida ao Brasil, foi trabalhar na zona rural paulista, perto de Limeira, como escravizada de João Rodrigo da Cunha, cujo sobrenome adotou. Por volta de 1862, foi vendida em São Paulo e separada do marido e do filho. Nessa circunstância, conheceu o escravizado Claro Antônio dos Santos e pediu-lhe para redigir cartas, que não chegaram a ser enviadas, mas ajudam a reconstituir partes de sua história.
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