Descrevem os manuscritos da Sé “um porta-paz dourado e lavrado de bastiães que tinha cinco jacintos grandes e pesava três marcos e uma onça”, oferta d’el rei D. Manuel.
Hoje em desuso, os objetos desta tipologia eram
utilizados pelo clero e pelas classes sociais mais abastadas durante o “rito da paz” na celebração da missa. O porta-paz era dado a beijar em sinal de paz, por este motivo, possui uma pega no reverso que serve para o seu manuseio.
Na fronte, enquadrada por uma estrutura arquitetónica, é representada uma Adoração dos Reis Magos. No topo, sobressai a representação do escudo real português, ladeado por figuras fantásticas, recorrentes no imaginário
artístico do período renascentista.