Três figuras definem um equilíbrio paradisíaco que o pintor por pouco tempo viria a conhecer. O poeta, projecção do artista, com olhar sonhador, segurando um ramo, encontra-se deitado sobre o regaço da amada. Junto de ambos, quase imaterial, aparece um anjo, símbolo da própria inspiração e subsequente tranquilidade. A dimensão alegórica é aqui plena. Transformados em símbolos de uma gramática pessoal, que Eloy desenvolveu com maior intensidade nos últimos desenhos da sua vida, as figuras que habitam este espaço sobre-codificado da tela configuram uma possibilidade de estabilização e intervalo num processo de desagregação do próprio sentido. (Pedro Lapa)
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