Em 1897, Carlos Reis torna-se professor da cadeira de Pintura de Paisagem na Academia de Belas-Artes de Lisboa, na sequência da morte de Silva Porto, a cujo legado naturalista dá continuidade. Com base na vasta produção de Carlos Reis, torna-se difícil datar esta obra, pois está em sintonia com as linhas formais características do pintor. A Azenha é representada em atividade, testemunho da vida rural, tão significativa para o “levantamento etnográfico” levado a cabo pelos pintores do Naturalismo. Evidencia o gosto de Carlos Reis pelo ar-livre e pela natureza e a maturidade do registo do seu olhar.