Sabe-se muito pouco sobre Xica Manicongo, que aparece nos registros da visitação da Inquisição no Brasil como Francisco Manicongo ou Francisco Congo. Ela vivia na capitania da Bahia, no fim do século xvi, e pertencia a um sapateiro, o que sugere que morava em uma área urbana. A primeira denúncia feita contra ela partiu de um escravizado pertencente a jesuítas, que a acusou de usar “o ofício de fêmea”. Já a segunda pessoa a denunciá-la acusou-a de se recusar a trajar “o vestido de homem que lhe dava seu senhor”. Hoje, o movimento LGBTQI+ e as travestis negras reconhecem em Xica um símbolo de luta por direitos.