"Nesse âmbito, é impossível não destacar o lugar em crise em que é colocado o sentido do belo, em toda a obra última iberiana. É precisamente com o período da retornada figuração, onde se manifesta mais explicitamente: o que aparece são rostos e corpos entre o exagero e a encenação, como a fantasmagoria de esqueletos e a mímica de personagens, ou entre o deterioro e a degradação, como a idiotia e a velhice final. Hipérboles estéticas nada estranhas em um artista cuja radicalidade pictórica é um destino biográfico. [...]"
NAVAS, Adolfo Montejo. Conjuro do mundo: as figuras-cesuras de Iberê Camargo. Porto Alegre: Fundação Iberê Camargo, 2012. p. 20.
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