A pintura representa a vista de um trecho de Veneza, tirada do mar. No primeiro plano, à esquerda, tendo por detrás uma mancha arbórea densa, navega uma gôndola com cinco figuras embarcadas. À direita, emergem das águas dois troncos grossos. No segundo plano, sobre a direita, surgem outra gôndola e um veleiro de grandes dimensões. O plano mais distante é preenchido pelo casario de Veneza, destacando-se ao centro e a flanquear a entrada da Praça de S. Marcos, o Palácio dos Doges e o Campanário de S. Marcos, respetivamente à esquerda e à direita.
É de notar que aqueles dois monumentos estão representados de forma invertida, o que faz supor que o pintor utilizou, para a execução da pintura, uma matriz de gravura.
Segundo as listas de partilha de bens de 1889 e 1897 (elaboradas por morte de D. Luís), o quadro estava na Arrecadação do Piso Térreo, com o n.º 351 e identificado como "Vista de Veneza", óleo sobre tela, atribuído a Ziem, com 0,64 x 1,04 m, avaliado em 180$000 réis. Em 1898, surge numa Relação de Quadros da Sala Verde, também com o n.º 351 e igualmente identificado como "Vista de Veneza" e outra vez avaliado em 180$000 réis. Na partilha de 1 de Abril de 1899, mantinha-se na mesma sala, com o mesmo n.º. No Arrolamento Judicial (1911), foi inventariado sob a verba Q 414 (correspondente à Sala Verde). Mais tarde, provavelmente após 1968, estava colocado na Sala dos Últimos Quartos do Rei. Em 2002, foi transferido para as reservas e, em 2013, para o Gabinete do Diretor, onde se mantém.
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