Fotografia de um aspecto do conjunto paisagístico que se desenvolve no vale do ribeiro do Souto, contíguo ao povoado de Pegarinhos, junto à ponte do Magusteiro (1867). Nas encostas envolventes, entre os lugares de Detrás da Serra e da Costa, conservam-se pequenas parcelas de vinha em socalcos, alguns dos quais pré-filoxera, entre manchas de pinhal. Mais próximo do ribeiro, a vinha surge consociada com outras culturas, como a oliveira, a amendoeira, árvores de fruto dispersas e hortas, formando um mosaico rico, cuja diversidade é acentuada pelos muros dos caminhos e de delimitação de propriedade e pelas construções de apoio à actividade agrícola.
A vinha cresce aqui em solos de granito e gnaisse, sendo os socalcos sustentados por muros de granito, pedra que é aqui abundante. Se nas zonas mais planas os muros são baixos, nos altos atingem os 3 metros, ganhando monumentalidade. Note-se que aqui a vinha a estrutura de condução da videira utiliza além dos tradicionais esteios de xisto, esteios de granito ou ramos de árvores.
Dada a proximidade do ribeiro e a necessidade de rega das diferentes culturas, foram construídos canais de rega, de granito aparelhado ou cavados na terra, e tanques de armazenamento de água.
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