No extremo oriental, a rua Direita, principal via da vila de Celeirós, conserva um conjunto de armazéns de compridas fachadas cuja dimensão e aparato testemunham o dinamismo da cultura da vinha e do seu caráter agroindustrial. As Memórias Paroquiais de 1758 descrevem Celeirós como uma povoação pequena, “unida e arruada com muitas cazas nobres” (CAPELA Et. Al., 2006: 417). A implantação periplanática de Celeirós facilita a qualidade urbana, bem evidente na ideia de espaço público que ruas continuamente ocupadas por casas (solares e casas várias tipologias e programas) testemunham a diversidade social resultante do enriquecimento propiciado pela vitivinicultura.