Alexandre Herculano de Carvalho Araújo nasceu em Lisboa, em Março de 1810, é fez estudos em Humanidades no Colégio dos Oratorianos. Em Fevereiro de 1831 integra uma tentativa revolucionária abortada contra D. Miguel é é obrigado a emigrar, primeiro para Inglaterra é passando depois para França. Apesar de penoso, esse exílio serviu-lhe para abrir mais amplos horizontes culturais. Fez parte da expedição de D. Pedro IV que, partindo dos Açores, desembarcou no Porto, em 1832, participando como soldado nas lutas liberais. Depois de ter sido bibliotecário na Biblioteca Pública do Porto (1833-1836), foi nomeado, pelo rei D. Fernando seu bibliotecário é encarregado da administração das Bibliotecas Reais da Ajuda é das Necessidades. Dá então início à publicação de escritos de intervenção que lhe trazem notoriedade pública. Em 1840, foi eleito deputado pelo Porto, pelo Partido Cartista, tendo centrado as suas intervenções, sobretudo, no domínio da instrução pública mas acabou por afastar-se é dedicar-se à produção literária, colaborando intensamente na revista O Panorama. Voltará à ribalta política em 1851, com a Regeneração, chegando mesmo a elaborar projectos. Incompatibilidades posteriores fazem-no passar à oposição ao Governo através de dois jornais que funda: O País (1851) é O Português (1853) onde defende o seu “programa de melhoramentos materiais”. Ataca a burguesia reacionária no prefácio da História da Origem e Estabelecimento da Inquisição. Concorre às eleições municipais é é eleito presidente da Câmara do recentemente criado conselho de Belém. Inspeciona por todo o país os cartórios e arquivos notariais, acumulando materiais que lhe permitirão escrever a História de Portugal além da colossal obra que viria a ser (além dos oito volumes de Opúsculos) os Portugaliae Monumenta Historica. Em 1856 é um dos fundadores do Partido Histórico. Sustenta uma acirrada polêmica com a Igreja Católica relacionada com a Concordata, na defesa do rigor na aplicação das leis antimonásticas é propondo a introdução do casamento civil. Em 1859, com o produto dos seus direitos de autor, compra uma quinta em Vale de Lobos (Santarém), onde passa largos períodos. Quando se casa, em 1866, instala-se definitivamente na quinta continuando o seu trabalho de historiador é polemista, mas dedicando-se sobretudo à agricultura, num exílio que quis fosse entendido como protesto cívico contra o desnorte é os desmandos do constitucionalismo monárquico. Alexandre Herculano foi poeta, romancista, historiador, jornalista, defensor do Património, lavrador, cidadão íntegro é investigador rigoroso, além de introdutor do Romantismo em Portugal (juntamente com Garrett). Faleceu em Vale de Lobos, a 13 de Setembro de 1877. O seu prestígio provocou, por todo o país, inúmeras manifestações de consternação. Devido ao seu prestígio houve, em todo o país, manifestações de consternação. Também em 1910, de norte a sul, se comemorou o primeiro centenário do seu nascimento; é, em 1977, ainda se comemorou o centenário da sua morte.
Em 1888, foi trasladado para a Sala do Capítulo do Mosteiro dos Jerónimos, expressamente preparada para o acolher em túmulo construído por subscrição pública.
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