Caixa postal de madeira do "Correio Diário", do “1º Districto”, destinada à recolha das correspondências para expedição pelos Correios.
Esta peça possui a forma de um paralelepípedo retangular. O seu material de fabrico é madeira. Na face frontal, lê-se, a branco sobre fundo castanho, "CORREIO DIARIO". Colocada acima da abertura horizontal para colocação de cartas, (21,5 x 8,5 cm) existe uma pala fixa para sua proteção. Abaixo desta abertura está a inscrição "CAIXA, C./ 1º Districto", pintada a negro sobre fundo castanho. As superfícies são pintadas a castanho, com a exceção da face superior, pintada a preto, com uma pequena chapa, na parte posterior, destinada à fixação vertical à parede. Na face lateral direita da caixa postal encontra-se uma pequena portinhola (21 x 15,5 cm), para permitir o acesso ao interior do recetáculo e retirar as correspondências. Esta portinhola possui uma fechadura para ser usada com chave, de forma a garantir a segurança das cartas depositadas na caixa.
Este modelo corresponde ao tipo de caixa que era preconizado na "Regulação para o Estabelecimento da Pequena Posta, Caxas, e Portadores de Cartas em Lisboa", publicado em 1801, que determinava a distribuição domiciliária das correspondências e a colocação de caixas de correio, à semelhança do que existia no Correio Geral.
Porém e por razões ainda não totalmente apuradas, este diploma emanado pelo Superintendente-Geral dos Correios e Postas do Reino, Dr. José Diogo de Mascarenhas Neto, não foi implementado nesta altura, pelo que foi necessário, aguardar pela Revolução Liberal para que tal acontecesse.
Sabe-se que esta caixa se encontrava instalada no 1º Districto Postal, (Distrito do Mocambo) que era um dos dezassete distritos, em que foi dividida a cidade de Lisboa para a distribuição domiciliária das cartas, segundo a reformulação, de 1821, da "Regulação para o Estabelecimento do Pequena Posta" publicado em 1801.