Olhar Educativo da exposição "Café Árabe, um símbolo de generosidade"

Tribos Adwan-Louzi. Torrando café na tenda do Sheik Majid. Autor: John David Whiting, 1934. Acervo Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos. (1934), de John David WhitingMuseu do Café

Gabriela de Abreu Dreux, educadora do Musue do Café
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Olá pessoal! Bem-vindos ao Museu do Café. Atualmente, o museu conta com uma exposição temporária chamada: “Café Árabe, Um Símbolo de Generosidade”, também disponível em versão virtual dentro da plataforma Google Arts & Culture, com foco na origem do café e os processos de preparo do produto na cultura árabe.

Inauguração Exposição Temporária "Café árabe, um símbolo de generosidade". 2019. Autor: Rafael Roncarati. (2019), de Museu do CaféMuseu do Café

Gabriela de Abreu Dreux, educadora do Museu do Café
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É difícil afirmar quando foi a descoberta do café. Existem algumas lendas que contam onde a fruta foi descoberta. A maioria dos pesquisadores da área afirma que a fruta foi encontrada primeiramente na Abissínia, que é a atual Etiópia.

Gravura do livro “O bom uso do chá, do café e do chocolate” de Nicolas Blegny, publicado em 1687. Autor: Rogerio Bomfim, c. 2013. Acervo Museu do Café. (1687), de Museu do CaféMuseu do Café

Gabriela de Abreu Dreux, educadora do Museu do Café
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Nos países árabes, principalmente, foi onde o produto começou a ser comercializado por vendedores ambulantes, para depois ser vendido em mercados e espaços voltados somente para o comércio da bebida, como as cafeterias, que conhecemos atualmente. Existem várias formas de fazer o café aqui no Brasil. Um dos métodos mais conhecidos é o café expresso, por exemplo.

Tribos Adwan-Louzi. Preparando café na tenda do Sheik Majid. Autor: John David Whiting, 1934. Acervo Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos. (1934), de John David WhitingMuseu do Café

Gabriela de Abreu Dreux, educadora do Museu do Café
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O Café Árabe vai além de um método de preparo. Você sabia que inclusive ele é reconhecido como um dos patrimônios imateriais da humanidade pela UNESCO, que é a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura? Isso aconteceu porque em 2015 alguns países onde a cultura do Café Árabe é muito forte se reuniram e inscreveram-no na lista representativa da entidade, descrevendo rituais, costumes e técnicas ligadas a ele.

Homem preparando tradicional café árabe em Doha, Catar. Autor: Hussein Al-Shafai, 2014. Acervo Shutter Stock. (2014), de Hussein Al-ShafaiMuseu do Café

Gabriela de Abreu Dreux, educadora do Museu do Café
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Ou seja, a importância do Café Árabe não está somente na bebida em si, mas também no momento de reunião em que ela é feita e servida aos convidados. Inclusive, essas reuniões são, geralmente, eventos muito importantes, como: discussões políticas e de questões locais. Esse momento acontece dentro de um espaço que tem o nome de majli. Nesse espaço acontece o ato de fazer e servir a bebida.

Aproximação do majli presente na exposição. 2019. Rafael Roncarati. (2019), de Museu do CaféMuseu do Café

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Além de servido, como já dito anteriormente, esse café será feito na frente de seus convidados. Apesar de isso mudar de uma região para a outra, geralmente esse método segue as mesmas etapas. Primeiramente os grãos verdes do café serão torrados em uma frigideira sob uma fogueira ou sob o alseridan, que é um forno pequeno. Depois os grãos são resfriados em um recipiente, e então moídos com uma espécie de pilão. Inclusive, durante esse processo de moagem, pode até haver cantoria e música. Então temos o pó do café. O preparo da bebida será feito com algumas especiarias (como açafrão e cardamomo, por exemplo) dentro de uma cafeteira que é chamada de Dallah. A bebida será então servida em fonjals, que são pequenas xícaras sem alça.

Beduíno servindo café árabe em Wadi Rum, Jordânia. s.d. Autor: Ahmad A. Atwah., de Museu do CaféMuseu do Café

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A partir da descrição do método, imagine quanto tempo todo esse processo demora. É um processo longo e detalhado e por isso a bebida é servida em pequenas quantidades. Inclusive, em eventos que são considerados mais importantes, esse café é feito e servido por um profissional.

Hospitalidade tradicional árabe (Arábia Saudita). s.d. Autor desonhecido., de Museu do CaféMuseu do Café

Gabriela de Abreu Dreux, educadora do Museu do Café
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Além das regras da técnica de preparo, você sabia que existem algumas que são de etiqueta? Por exemplo: geralmente, o café é servido primeiro para a pessoa mais velha ou à pessoa de maior autoridade presente na hierarquia do evento. Além disso, é considerada uma desfeita recusar a primeira dose e aceitar mais que três.

Inauguração Exposição Temporária "Café árabe, um símbolo de generosidade". 2019. Autor: Rafael Roncarati. (2019), de Museu do CaféMuseu do Café

Gabriela de Abreu Dreux, educadora do Museu do Café
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Pensando em toda a importância do Café Árabe e na quantidade de nativos de alguns desses países residentes aqui no Brasil, em 2017, a equipe de pesquisa do Museu do Café iniciou um projeto de história oral chamado “Memórias do Café Árabe”, no qual foram realizadas algumas entrevistas com pessoas que já tiveram contato com essa cultura. Essas, são pessoas do Líbano e da Síria, que vieram morar no Brasil em diferentes contextos. Vocês podem escutar esses relatos por meio da exposição virtual da qual falei no início dessa mediação, e assim se aproximar mais dessas culturas.

Arte de jogo educativo para a exposição Café Árabe. (2019), de Museu do CaféMuseu do Café

Gabriela de Abreu Dreux, educadora do Museu do Café
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O Setor Educativo criou dois jogos para o público, inspirados na exposição. Os jogos são chamados de “Majli” e “Cafeomancia”. Estão disponibilizados no site e nas redes sociais do museu para você poder jogar na sua casa. Muito obrigada pela atenção e até breve!

Créditos: história

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

João Doria
Governador do Estado de São Paulo
Sérgio Sá Leitão
Secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo
Cláudia Pedrozo
Secretária - Adjunta de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo

INSTITUTO DE PRESERVAÇÃO E DIFUSÃO DA HISTÓRIA DO CAFÉ E DA IMIGRAÇÃO

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO (INCI)
Guilherme Braga Abreu Pires Filho
Presidente
Carlos Henrique Jorge Brando
Vice-presidente
Alessandra Almeida
Diretora Executiva
Thiago Santos
Diretor Administrativo-financeiro
Daniel Ramos
Gerente Administrativo-financeiro
Caroline Nóbrega
Gerente de Comunicação e Desenvolvimento Institucional
Marcela Rezek Calixto
Coordenadora Técnica do Museu do Café

Daniella Silva de Oliveira
Produção
Gabriela de Abreu Dreux
Áudio, revisão e conteúdo
Bruno Bortoloto do Carmo
Execução

Créditos: todas as mídias
Em alguns casos, é possível que a história em destaque tenha sido criada por terceiros independentes. Portanto, ela pode não representar as visões das instituições, listadas abaixo, que forneceram o conteúdo.
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