Um olhar do educativo

"Calixto: Discurso do Progresso e Identidade Paulista"

Fachada do Museu do Café (2010), de Museu do CaféMuseu do Café

Gabriella de Andrade Marques, educadora do Museu do Café
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No áudio:
"Olá Pessoal!
Hoje falaremos um pouco sobre o artista Benedito Calixto, e as obras de arte de sua autoria que encontram-se no Salão do Pregão do edifício da antiga Bolsa Oficial de Café, e atual Museu do Café."


Imagem: Vista da entrada do Museu do Café. 2014. Autor: Victor Hugo Mori.

Salão do Pregão da antiga Bolsa Oficial de Café (2010), de Museu do CaféMuseu do Café

Gabriella de Andrade Marques, educadora do Museu do Café
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No áudio:
"Assim que entramos no Museu do Café, é inevitável nos deparamos com o vitral “A Epopeia dos Bandeirantes”, e as telas produzidas por Benedito Calixto. Ambas, encomenda específica para a inauguração do prédio da Bolsa Oficial de Café, no dia 07 de setembro de 1922."

Imagem: Vista geral do Salão do Pregão, 2016. Autor: Victor Hugo Mori.

Entrada da exposição temporária "Calixto: Discurso do Progresso e Identidade Paulista" (2019), de Museu do CaféMuseu do Café

Gabriella de Andrade Marques, educadora do Museu do Café
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No áudio:
"Atualmente, o Museu do Café conta com uma exposição temporária chamada: “Calixto: discurso do progresso e identidade paulista”, também disponível em versão virtual dentro da plataforma Google Arts & Culture, fazendo uma aproximação do público com o contexto e inspirações do artista, e com as representações presentes nas telas que hoje integram seu acervo museológico."

Imagem: Vista da entrada da exposição temporária “Calixto: Discurso do Progresso e Identidade Paulista”, 2019. Autor: Museu do Café.

Contrato da Cia. Construtora de Santos com o pintor Benedito Calixto p.01. (1921), de Companhia Construtora de SantosMuseu do Café

Gabriella de Andrade Marques, educadora do Museu do Café
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No áudio:
"Para a composição da exposição, foram utilizados fac-símile de cartas trocadas com historiadores, e o contrato da execução que nos indicam como foram a concepção das telas e as negociações desta encomenda."

Imagem: Fac-símile do contrato de Benedicto Calixto com a Companhia Constructora de Santos. 31 de janeiro de 1921. Acervo da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo - Regional Santos.

Benedito Calixto em seu ateliê. (1920), de Autor DesconhecidoMuseu do Café

Gabriella de Andrade Marques, educadora do Museu do Café
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No áudio:
"Para uma melhor compreensão de todo esse processo, é importante começarmos pela vida do artista, bem como entender em que contexto social e histórico estava inserido."

Imagem: Benedicto Calixto em seu ateliê, sem data. Acervo Museu Paulista.

Gabriella de Andrade Marques, educadora do Museu do Café
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No áudio:
"Benedito Calixto de Jesus nasceu no ano de 1853, na cidade de Itanhaém, litoral paulista. Calixto pertencia a uma família simples e de artesãos."

Imagem: Benedicto Calixto em seu ateliê, sem data. Acervo Museu Paulista.

Gabriella de Andrade Marques, educadora do Museu do Café
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No áudio:
"Foi considerado um artista autodidata, tornando-se conhecido por confeccionar ex-votos, até o momento que sua arte começa a ter um maior destaque, principalmente entre algumas personalidades paulistas."

Imagem: Benedicto Calixto em seu ateliê, sem data. Acervo Museu Paulista.

Carta de Benedicto Calixto a Affonso de Taunay (1921), de Benedicto CalixtoMuseu do Café

Gabriella de Andrade Marques, educadora do Museu do Café
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No áudio:
Dentre elas, Afonso Taunay, que apadrinhou e apoiou Calixto intelectualmente. Também a Associação Comercial, devido ao retrato sempre presente da cidade de Santos em suas obras, patrocinou a viagem de estudos do pintor à Paris, já que Calixto não pertencia a uma família abastada e possuía poucos recursos para aprofundar seus estudos e técnicas. Este relacionamento entre o artista e algumas personalidades, principalmente ligadas à economia cafeeira, é crucial para entendermos o discurso por trás de suas telas.

Imagem: Carta de Benedicto Calixto a Affonso Taunay, 1922. Acervo Museu Paulista.

Vitral "Epopéia dos Bandeirantes" de Benedito Calixto (2016), de Museu do CaféMuseu do Café

Gabriella de Andrade Marques, educadora do Museu do Café
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No áudio:
"A intencionalidade é a grande resposta para realizarmos uma boa interpretação. No vitral, Calixto nos apresenta a história do Brasil dividida em três períodos: ao centro, uma alegoria ao período colonial do Brasil; o período Imperial, à esquerda, onde começa o ciclo econômico do café de forma representativa; e, por fim, o período de República, marcado pelo auge do café e um grande avanço social, cultural e econômico. Notoriamente, o discurso apresentado é referente ao avanço tecnológico que a economia cafeeira proporcionou ao Estado de São Paulo e ao País."
Imagem: Vista do Vitral Epopeia dos Bandeirantes, 2017. Acervo Museu do Café.

Gabriella de Andrade Marques, educadora do Museu do Café
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No áudio:
"Ao redor do vitral, estão representados alguns personagens históricos sendo, em grande parte, bandeirantes paulistas. Estes, apresentados como heróis e desbravadores, formaram o imaginário de identidade paulista. Neste momento, era importante que a elite comercial apresentasse personalidades históricas como essenciais para o desenvolvimento do país, reforçando o status do Estado. Observe que a maioria das rodovias no estado de São Paulo possui o nome de alguns destes bandeirantes."
Imagem: Vista do Vitral Epopeia dos Bandeirantes, 2017. Acervo Museu do Café.

Fundação da Villa de Santos (1545) (1922), de Benedicto CalixtoMuseu do Café

Gabriella de Andrade Marques, educadora do Museu do Café
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No áudio:
"No tríptico central do Salão do Pregão está a representação idealizada da fundação da Vila de Santos, pela perspectiva de Calixto, partindo de seus estudos históricos. Um elemento fortemente presente é a composição social do período e a hierarquização presente na vila, também com a representação de edifícios importantes para o período."

Imagem: Fundação da Vila de Santos (1545), de Benedicto Calixto, 1922. Acervo Museu do Café.

Porto de Santos 1822 e 1922, de Benedicto Calixto. Museu do Café. (2019), de Museu do CaféMuseu do Café

Gabriella de Andrade Marques, educadora do Museu do Café
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No áudio:

É interessante analisarmos as duas telas laterais, nomeadas “O porto de Santos em 1822 – Visto da Ilha de Barnabé” e “O porto de Santos em 1922 – Visto do Morro do Pacheco”, em conjunto. Calixto deixa claro o desenvolvimento da cidade em cem anos, predominando, na primeira, a paisagem natural, com algumas esparsas construções, em destaque para edifícios eclesiásticos. Já na segunda, temos a visão de uma cidade urbanizada, com um porto estruturado, e com destaque para edifícios institucionais.

Imagem: Porto de Santos 1822 e 1922, de Benedicto Calixto. Acervo Museu do Café.

Quadro central "Fundação da Vila de Santos" na exposição (2019), de Museu do CaféMuseu do Café

Gabriella de Andrade Marques, educadora do Museu do Café
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No áudio:
"Cabe a nós, ao depararmos com as obras de arte, uma análise do que fora representado. Além de sua beleza, é importante o olhar crítico para notarmos e compreender a intencionalidade e o discurso defendido.
Portanto, para uma análise mais aprofundada, dentro de “Virtuais”, na seção “Exposições” do site do Museu do Café, é possível acesso ao material educativo. Faça apontamentos sobre possíveis outros personagens e quais outras perspectivas, partindo das relações sociais do período em questão, possam surgir para além destas representações.
Obrigada!"

Imagem: Vista da tela Fundação de Santos, em 3D, da exposição temporária “Calixto: Discurso do Progresso e Identidade Paulista”, 2019. Acervo Museu do Café

Créditos: história

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

João Doria
Governador do Estado de São Paulo
Sérgio Sá Leitão
Secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo
Cláudia Pedrozo
Secretária - Adjunta de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo

INSTITUTO DE PRESERVAÇÃO E DIFUSÃO DA HISTÓRIA DO CAFÉ E DA IMIGRAÇÃO

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO (INCI)
Guilherme Braga Abreu Pires Filho
Presidente
Carlos Henrique Jorge Brando
Vice-presidente
Alessandra Almeida
Diretora Executiva
Thiago Santos
Diretor Administrativo-financeiro
Daniel Ramos
Gerente Administrativo-financeiro
Caroline Nóbrega
Gerente de Comunicação e Desenvolvimento Institucional
Marcela Rezek Calixto
Coordenadora Técnica do Museu do Café

Daniella Silva de Oliveira
Produção
Gabriella de Andrade Marques
Áudio e revisão
Sasha Carioni Henrique
Conteúdo
Bruno Bortoloto do Carmo
Execução

Créditos: todas as mídias
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