Léa Garcia em seus 88 anos de vida, dedicou sete décadas aos palcos, cinema e televisão. De seus primeiros passos no teatro, junto ao Teatro Experimental do Negro, até seus trabalhos mais recentes, seu compromisso com a luta antirracista se tornou eixo central de seu trabalho como atriz, diretora e ativista política.

Léa Garcia em sua primeira foto para o Teatro Experimental do Negro, de Acervo Léa Garcia-GEHA/UEA-CNPqGeledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne

Léa Lucas Garcia de Aguiar, filha de José dos Santos Garcia e Stella Lucas Garcia, nasceu em 11 de março de 1933 no Rio de Janeiro. Teve ao longo de sua vida uma trajetória profissional multifacetada: atriz, diretora de teatro, de cinema, funcionária do Ministério da Saúde e dirigente sindical. Em todas essas atividades, ela tornou-se célebre por seu compromisso com a luta antirracista e foi figura fundamental na busca por igualdade nos palcos brasileiros.

Léa Garcia e sua vizinha Luzanira no baile de carnaval infanto-juvenil da Praça do Lido (1948), de Acervo Léa Garcia-GEHA/UEA-CNPqGeledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne

Após o falecimento de sua mãe, Léa Garcia passou a ser criada pela avó, Dona Constança. Na época, Léa tinha onze anos, e sua avó trabalhava na residência de uma família rica em Copacabana, no Rio de Janeiro. No bairro, ela passou a constituir seus laços de amizade. Com o passar do tempo, a aproximação com as filhas da elite carioca tornou-se mais difícil. A relação de companheirismo veio de Dulce, outra moça negra cuja mãe trabalhava com serviços domésticos. Nessa época, Léa Garcia despertou para as relações de racismo e sexismo que estava inserida, e a alimentar seu desejo de se tornar escritora.

CULTNE - Léa Garcia - AtrizGeledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne

Léa Garcia, Abdias do Nascimento e elenco do TEN ensaiando a peça Sortilégio, (1957-08), de Arquivo Nacional. Fundo Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_FOT_35917_004.Geledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne

A estreia de Léa Garcia nos palcos aconteceu em 1952. Após a atriz Ruth de Souza a apresentar ao ator e dramaturgo Abdias Nascimento, um dos fundadores do Teatro Experimental do Negro (TEN), levou um longo tempo até ele convencê-la a atuar. No TEN, ela conheceu um universo de atores, intelectuais e artistas negros que, desde sua fundação em 1944, realizavam um intenso debate sobre racismo e sobre estratégias de enfrentá-lo no Brasil.

Léa Garcia no papel da Velha Nativa em O imperador Jones, de Eugene O'Neill, produção do TEN, Teatro São Paulo., Acervo IPEAFRO, 1953, Da coleção de: Geledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne
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Ao longo da década de 1950, Léa Garcia atuou em sete montagens do TEN. Sua estréia foi em Rapsódia Negra (1952), de Abdias Nascimento. Em seguida, ela participou de duas reencenações de O Filho Pródigo, de Lúcio Cardoso (1953 e 1955), peça que teve sua primeira estreia em 1947.

Orlando Macedo, Abdias Nascimento e Léa Garcia na peça Onde está marcada a cruz, de Eugene O'Neill. Teatro Dulcina, Acervo IPEAFRO, 1954, Da coleção de: Geledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne
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No Festival O’Neill (1954), Léa encenou diferentes personagens de três peças do dramaturgo norte-americano Eugene O’Neill: O Imperador Jones, Onde está marcada a cruz e Todas as filhas de Deus tem asas

Abdias Nascimento e Léa Garcia na peça Sortilégio-Mistério Negro, de Abdias Nascimento. Teatro Municipal., Acervo IPEAFRO, 1957, Da coleção de: Geledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne
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Em Sortilégio - Mistério Negro (1957), de Abdias Nascimento, Léa foi Ifigênia, personagem que contracenava com o autor, que era também protagonista da peça. Após anos de tensões com os orgãos nacionais de censura, a montagem estreou triunfante no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Panfleto da peça Anjo Negro (1994), de Acervo Léa Garcia-GEHA/UEA-CNPqGeledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne

Intelectuais e artistas brancos interessados em se aproximar da luta antirracista no Brasil colaboraram com o Teatro Experimental do Negro ao longo de sua existência. Esse foi o caso do dramaturgo Nelson Rodrigues, que em 1948 concedeu uma entrevista ao Jornal Quilombo, publicado pelo grupo, sobre sua peça Anjo Negro. A peça havia sido escrita naquele ano para o TEN. Por falta de recursos, acabou sendo encenada pela Companhia Teatro Popular de Arte. Quarenta e sete anos depois da sua primeira montagem, duas estrelas egressas do TEN, Léa Garcia e Ruth de Souza, retomaram a intenção original do autor e montaram Anjo Negro em 1994.

Jacyra Silva, Léa Garcia e Ruth de Souza em Anjo Negro (1994), de Acervo Léa Garcia-GEHA/UEA-CNPqGeledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne

Elenco de Orfeu da Conceição com o público (1956), de Acervo Léa Garcia-GEHA/UEA-CNPqGeledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne

O comprometimento do Teatro Experimental do Negro com a igualdade racial levou também ao convite para que os atores da companhia integrassem o elenco do espetáculo Orfeu da Conceição, escrito pelo poeta e diplomata Vinícius de Moraes. Montada em 1956 no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a peça teve direção de Léo Jusi, responsável pelas primeiras encenações de Vestido de Noiva de Nelson Rodrigues e Sortilégio de Abdias do Nascimento. A montagem contou com cenário de Oscar Niemeyer, música de Antônio Carlos Jobim, figurino de Lila de Moraes, coreografia de Lina Luca e cartaz de Djanira da Motta e Souza.

Léa Garcia e ator de Orfeu da Conceição fazendo laboratório para a peça (1956), de Acervo Léa Garcia-GEHA/UEA-CNPqGeledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne

O elenco de Orfeu da Conceição contou com quarenta atores negros, entre os quais estavam: Haroldo Costa (Orfeu), Daisy Paiva (Eurídice), Léa Garcia (Mira), Ciro Monteiro (Apolo), Abdias Nascimento (Aristeu), Zelia Pereira (Clio) e Adhemar Ferreira da Silva, também conhecido pelas vitórias olímpicas no salto triplo. Em seu texto, o autor conecta o mito helênico ao panteão afro-brasileiro, e o transpõe para o ambiente do Rio de Janeiro. Mais especificamente, para um morro carioca. Antes da montagem, atividades de laboratório foram realizadas em áreas da cidade representadas na peça.

Léa Garcia e Breno Mello em Orfeu do Carnaval, Acervo Léa Garcia-GEHA/UEA-CNPq, 1956, Da coleção de: Geledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne
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Três anos depois, a peça de Vinicius de Moraes ganhou uma versão cinematográfica pelas mãos do cineasta francês Marcel Camus, com o título Orfeu do Carnaval (1959). Lançado fora do Brasil como Orfeu Negro, o primeiro trabalho no cinema de Léa Garcia foi laureado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1959 e o Oscar de melhor filme estrangeiro em 1960.

Léa Garcia e Waldir de Souza em Orfeu do Carnaval (1956), de Acervo Léa Garcia-GEHA/UEA-CNPqGeledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne

O ator Jorge Coutinho comenta a premiação de “Orfeu do Carnaval” no festival de Cannes
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Em Cannes, Léa foi indicada ao prêmio de melhor atriz. O ator Jorge Coutinho é um dos diferentes testemunhos que dizem que a ausência de Lea no festival, por não ter recursos para ir a França, foi determinante para que ela ficasse em segundo lugar.

Parte do elenco do filme Orfeu do Carnaval no lançamento no Cine Ópera, (1956), de Acervo Léa Garcia-GEHA/UEA-CNPqGeledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne

Orfeu do Carnaval estreou no Cine Ópera, em Botafogo, Rio de Janeiro. Enquanto Léa Garcia interpretou Mira na peça de teatro, uma das personagens dramáticas, ela foi Serafina na versão cinematográfica, personagem cômica, sempre leve e sorridente.

Lançamento do filme Orfeu do Carnaval no lançamento no Cine Ópera (1956), de Acervo Léa Garcia-GEHA/UEA-CNPqGeledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne

Ao som das gargalhadas da plateia nas cenas cômicas de sua personagem e seu amante, Léa chorava com medo da reprovação do público. O diretor do filme a acalmou antes do fim da exibição, quando subiram ao palco e foram aclamados pela plateia.

Léa Garcia e Lourdes de Oliveira em Paris, Acervo Léa Garcia-GEHA/UEA-CNPq, Da coleção de: Geledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne
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Apesar de não poder comparecer no Festival de Cannes, Léa Garcia viajou a Paris para realizar a divulgação oficial do filme. A Cidade Luz a encantou. A Cidade Luz a encantou.

Léa Garcia, Sidney Poitier e Lourdes de Oliveira em Paris, Acervo Léa Garcia-GEHA/UEA-CNPq, Da coleção de: Geledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne
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Lá ela conheceu outras estrelas e astros como Micheline Presle, Jeanne Moreau, Vera e Georges Clouzot e Sidney Poitier.

Léa Garcia e Antônio Pitanga nas gravações de Ganga Zumba (1964), de Acervo Léa Garcia-GEHA/UEA-CNPqGeledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne

Antônio Pitanga relembra do momento em que conheceu Léa Garcia
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O ator baiano Antônio Pitanga acompanhou a carreira de Léa Garcia a partir das notícias que chegavam a Salvador ao longo da década de 1950. Eles se conheceram em 1960, quando Léa foi à capital baiana. Pouco depois, os dois atores contracenaram pela primeira vez juntos em Ganga Zumba, filme realizado pelo diretor alagoano branco Carlos Diegues, baseado no romance de João Felício dos Santos sobre o líder palmarino. Em suas lembranças, Antônio Pitanga avalia a trajetória paralela de ambos no Rio de Janeiro e em Salvador como parte de um mesmo processo de luta contra o racismo nos palcos e no cinema.

Fachada do Instituto Municipal Phillipe Pinel, de Marcus Vinicius de Oliveira. Acervo de Marcus Vinicius de OliveiraGeledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne

Apesar de atuar no teatro, cinema e televisão, Léa Garcia ao longo de sua carreira foi também servidora pública no Ministério da Saúde. Na década de 1960, ela ingressou no Departamento Nacional de Endemias Rurais, indo em seguida trabalhar no Hospital Psiquiátrico Philippe Pinel, no Rio de Janeiro, onde permaneceu até a década de 1990. Diante da inconstância do trabalho nas artes cênicas, o emprego público ofereceu-lhe estabilidade financeira e melhores condições para criar seus filhos. No Pinel, ela desenvolveu atividades de teatro terapia com os pacientes, possivelmente inspirada naquelas realizadas pelo TEN para aliviar os efeitos do racismo.

Lucélia Santos e Léa Garcia em A escrava Isaura (1976), de Acervo Léa Garcia-GEHA/UEA-CNPqGeledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne

Carmen Luz compartilha suas lembranças de Léa Garcia em “A Escrava Isaura”
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No início da década de 1970, Léa Garcia consolidou uma intensa carreira na teledramaturgia, que segue ininterrupta até hoje. Uma de suas personagens mais célebres foi Rosa, na novela A escrava Isaura (1976) da TV Globo. Rosa era uma mulher escravizada que, diante das amarguras da violência do mundo a sua volta, se torna uma das vilãs do folhetim. A novela teve grande sucesso na indústria televisiva, sendo exibida em mais de oitenta países. A diretora e coreógrafa Carmen Luz relembra o impacto que a Rosa interpretada por Léa teve para mulheres negras de sua geração.

Elenco da peça Piaf - A vida de uma estrela da canção (1983), de Acervo Léa Garcia-GEHA/UEA-CNPqGeledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne

Junto aos projetos na televisão e cinema, Léa Garcia manteve sua trajetória no teatro, em conexão com as redes de trabalho e afeto que constituiu desde o início de sua carreira. Na década de 1940, Bibi havia alugado para si o Teatro Regina, emprestando-o eventualmente para os ensaios do TEN. Décadas depois, Bibi convidou Léa Garcia para o espetáculo musical Piaf - A vida de uma estrela da canção, de 1983. Enquanto Bibi Ferreira encenava a cantora francesa Edith Piaf, Léa Garcia era Josephine Baker, a cantora e bailarina negra norte-americana que fez fama e fortuna nos teatros franceses e que guiou sua carreira pela luta em defesa da igualdade racial.

Ruth de Souza e Léa Garcia, de Acervo Léa Garcia-GEHA/UEA-CNPqGeledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne

A atriz Naira Fernandes lembra sua aproximação com Léa Garcia
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Com o tempo, Léa Garcia passou a se tornar também uma referência procurada pelas novas gerações do teatro negro no Rio de Janeiro. A atriz Naira Fernandes nos conta como a companhia Black em Preto, logo após sua criação em 1993, convidou Léa Garcia para uma série de atividades em homenagem aos cinquenta anos do TEN que ocorreram no Museu da Imagem e do Som.

Entrega da medalha Pedro Ernesto, Acervo Léa Garcia-GEHA/UEA-CNPq, 1994, Da coleção de: Geledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne
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A consagração em sua maturidade ocorreu com a Medalha Pedro Ernesto em 1994, concedida pela da Câmara de Vereadores do Município do Rio de Janeiro em homenagem a cidadãos por sua ação cívica.

Entrega da medalha Pedro Ernesto, Acervo Léa Garcia-GEHA/UEA-CNPq, 1994, Da coleção de: Geledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne
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Na ocasião a atriz contava quatro décadas de atuação nas artes cênicas e no ativismo social. O reconhecimento de suas contribuições à sociedade foi uma iniciativa da então vereadora Jurema Batista.

Entrega da medalha Pedro Ernesto, Acervo Léa Garcia-GEHA/UEA-CNPq, 1994, Da coleção de: Geledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne
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A cerimônia contou com uma mesa composta por Lélia Gonzalez, Beatriz Nascimento, Ruth de Souza, Jacyra Silva, Vanda Ferreira e Carmem Luz, todas mulheres negras com presença marcante na história recente do país.

Entrega da medalha Pedro Ernesto, Acervo Léa Garcia-GEHA/UEA-CNPq, 1994, Da coleção de: Geledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne
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Dentre os diversos convidados ilustres, estava Abdias Nascimento, com quem começou sua carreira no teatro.

Léa Garcia em As Filhas do Vento (2004), de Acervo Léa Garcia-GEHA/UEA-CNPqGeledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne

Joel Zito Araújo relembra a experiência de dirigir Léa Garcia em As Filhas do Vento (2004)
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Nesse mesmo período, Léa Garcia tornou-se referência fundamental para a produção dos realizadores da primeira geração de cineastas do novo cinema negro brasileiro. Em 2004, ela atuou no premiado filme As Filhas do Vento, dirigido por Joel Zito Araújo. Filme que traz como tema a relação entre mulheres negras de diferentes gerações de uma mesma família. Nele, Léa contracenava com Ruth de Souza, Milton Gonçalves, Zózimo Bulbul, Thalma de Freitas, Rocco Pitanga, Maria Ceiça, Danielle Ornelas e Taís Araújo. Como Joel Zito relembra, a presença de Léa Garcia nas filmagens rendeu aprendizados para todos.

Léa Garcia e Sérgio Brito em Pequenas Raposas, Acervo Léa Garcia-GEHA/UEA-CNPq, 2004, Da coleção de: Geledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne
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Léa Garcia continuou atuando nos palcos prestigiosos do Rio de Janeiro encenando clássicos da dramaturgia mundial. Um exemplo disso foi As Pequenas Raposas, peça da escritora norte-americana Lillian Hellman, traduzida pela atriz Beatriz Segall e pelo dramaturgo Marco Antônio Guerra.

Léa Garcia e Sérgio Brito em Pequenas Raposas, Acervo Léa Garcia-GEHA/UEA-CNPq, 2004, Da coleção de: Geledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne
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Na peça, encenada em 2004, Léa Garcia interpretava a personagem Addie, em um elenco composto também por Beatriz Segall e Sérgio Brito.

Cartaz de Um dia com Jerusa (2020), de Acervo de Odun FilmesGeledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne

Em 2020 Léa Garcia protagonizou o filme Um dia com Jerusa (2020) de Viviane Ferreira. Filme baseado em um curta metragem realizado pela mesma diretora em 2014, que trata de questões sobre memória, envelhecimento e solidão. Como característica de novas produções do cinema negro brasileiro, o filme tráz forte presença de profissionais negras na sua equipe técnica. Também em 2020, Léa estreou o video Mãe África do músico Altay Veloso. O vídeo abriu a extensa programação do Festival Orí, realizado pelo CULTNE para a comemoração do Dia Nacional da Consciência Negra daquele ano, realizado em plataformas digitais devido à pandemia do Covid-19.

CULTNE - Festival Ori - Mãe África - Altay VelosoGeledés Instituto da Mulher Negra | Rede de Historiadores Negros | Acervo Cultne

Créditos: história

Este painel é parte do projeto de exposições virtuais
Nossas Histórias: vidas, lutas e saberes da gente negra, uma parceria entre a Rede de Historiadoras Negras e Historiadores Negros com o Geledés – Instituto da Mulher Negra e o Acervo Cultne.

Curadoria coletiva: Ana Flávia Magalhães Pinto, Bethania Pereira, Bruno Pinheiro, Carlos Silva Júnior, Elson Rabelo, Fernanda Oliveira da Silva, Francisco Phelipe Cunha Paz, Idalina Maria Almeida de Freitas, Iracélli da Cruz Alves, Jonatas Roque Ribeiro, Leonardo Angelo da Silva, Lucimar Felisberto dos Santos, Marcus Vinicius de Oliveira e Maria Cláudia Cardoso Ferreira.
Pesquisa e Entrevistas: Júlio Cláudio da Silva
Texto: Júlio Cláudio da Silva e Bruno Pinheiro
Edição de Áudio: Leonardo Angelo da Silva
Música: Allan Abbadia (Album Malungos, 2019)
Produção: Ana Flávia Magalhães Pinto, Julio Cláudio da Silva, Bruno Pinheiro e Marcus Vinicius de Oliveira.
Tradução: Bethania Pereira e Bruno Pinheiro
Revisão técnica: Ana Flávia Magalhães Pinto e Bruno Pinheiro.
Administração: Natália Sena Carneiro


Agradecimentos especiais: Antônio Pitanga, Arquivo Nacional, Carmen Luz, Elisa Larkin Nascimento, Ipeafro, Grupo de Estudos Históricos do Amazonas da Universidade do Estado do Amazonas (GEHA/UEA-CNPq), Joel Zito Araujo, Jorge Coutinho, Léa Garcia, Naira Fernandes, Odun Filmes e Viviane Ferreira.

Créditos: todas as mídias
Em alguns casos, é possível que a história em destaque tenha sido criada por terceiros independentes. Portanto, ela pode não representar as visões das instituições, listadas abaixo, que forneceram o conteúdo.
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